Pfizer planeja ter mais de 1,3 bilhão de vacinas contra covid em 2021
Para este ano, a previsão são 50 milhões de doses de vacina/ Foto: reprodução
A farmacêutica Pfizer espera obter o registro de
sua vacina contra a covid-19 na Food and Drug Administration (FDA, agência do
Departamento de Saúde dos Estados Unidos) em dezembro, o que permitiria iniciar
a vacinação nos Estados Unidos ainda neste ano. Ao participar de um simpósio
online promovido pela Academia Nacional de Medicina, o presidente da companhia
no Brasil, Carlos Murillo, adiantou que 50 milhões de doses estarão disponíveis
já neste ano, e o total para o ano que vem chega a 1,3 bilhão de doses para
todo o mundo.
“No caso do Brasil, ainda estamos trabalhando
fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o
mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo
ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil”, disse
Murillo, que explicou que a empresa e o governo ainda estão em negociação.
A previsão da Pfizer é de que os requisitos
exigidos pela agência reguladora americana para completar a solicitação de
registro devem ser cumpridos na terceira semana de novembro. A partir daí, a
avaliação da FDA deve durar cerca de um mês e a concessão do registro de uso
emergencial ainda em 2020.
Os testes clínicos da Pfizer/Biontech envolvem
cerca de 44 mil pessoas, sendo 3 mil no Brasil. Uma das exigências da FDA é que
metade dos participantes do estudo tenha recebido a vacina há pelo menos dois
meses. A outra exigência é que ao menos 164 pessoas que participaram do estudo
desenvolvam a doença, já que metade dos voluntários não foi imunizada.
A importância de aplicar placebo em metade dos
participantes do estudo é comparar se o grupo vacinado de fato ficou protegido,
já que se expôs à doença na mesma região e no mesmo período que os pacientes
não imunizados. Quando divulgou os resultados preliminares no início desta
semana, que apontaram eficácia de mais de 90%, o número de voluntários que
desenvolveram covid-19 estava em 94.
Agência
Brasil