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domingo, 24 de novembro de 2024
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Apagão no Amapá

Novo apagão pode ter sido causado por problema em linha de transmissão

Falha afetou 13 cidades do Amapá – Foto: Reprodução/AB

Postado em 19 de novembro de 2020 por Raphael Bezerra
Novo apagão pode ter sido causado por problema em linha de transmissão
Falha afetou 13 cidades do Amapá - Foto: Reprodução/AB

A interrupção no
fornecimento de energia elétrica para 13 das 16 cidades do Amapá, ocorrida na
noite desta terça-feira (17), em meio à crise de abastecimento que começou no
último dia 3, pode ter sido causada por uma falha em uma linha de transmissão.

Segundo o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), há indícios de que o problema teve origem
no momento da energização da linha de transmissão Santa Rita-Equatorial,
pertencente à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), empresa controlada pelo
governo estadual e responsável por distribuir a energia elétrica para todo o
estado.

A CEA, no entanto,
informou à imprensa que não identificou nenhuma falha no processo de
energização.

O ONS também
reiterou informações já divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia, segundo
as quais uma instabilidade causou o repentino desligamento automático do
transformador da subestação de Macapá, “apenas no lado da distribuição”, e da
Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, localizada na cidade de Ferreira Gomes (AP).

A subestação é
operada pela empresa privada Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE),
pertencente ao grupo Gemini Energy, que, já na noite de terça-feira,
emitiu um comunicado informando
que o novo apagão não teve origem na linha de transmissão e que não houve
nenhum problema no transformador instalado na subestação de Macapá. Já a usina
Coaracy Nunes é explorada pela Centrais Elétricas do Norte (Eletronorte), uma
subsidiária da estatal Eletrobras.

A interrupção do
fornecimento ocorreu às 20h27. Na sequência, houve outros dois desligamentos no
mesmo transformador da subestação de Macapá, às 21h03 e às 21h20, enquanto técnicos
tentavam solucionar o problema.

De acordo com o
Ministério de Minas e Energia, o fornecimento só pôde começar a ser
gradualmente restabelecido a partir das 21h26, quando a carga energética
entregue para distribuição começou a ser recomposta até atingir o mesmo patamar
em que vinha operando antes do novo apagão, ou seja, com 80% da capacidade
integral.

A normalização da
carga só foi concluída à 1h04 de quarta-feira (18), quase quatro horas após o
início do blecaute. Ainda assim, devido ao rodízio que já estava em vigor,
moradores de algumas localidades só puderam contar com o serviço depois das 4h,
conforme a escala que já havia sido divulgada pela CEA.

Investigação

As causas do
incêndio que destruiu um transformador da LMTE na noite do dia 3, lançando o
estado às escuras, e o motivo do blecaute desta terça-feira estão sendo
investigadas. Na quarta-feira (11), a Polícia Civil do Amapá divulgou
o resultado de um laudo preliminar, apontando que, ao contrário do que a LMTE
informou inicialmente, o incêndio no transformador da subestação de Macapá não
foi causado por um raio, mas pelo superaquecimento em uma peça do equipamento.

Na sexta-feira
(13), a 2ª Vara Federal Cível do Amapá estendeu
o prazo para que a LMTE restabeleça integralmente o fornecimento energético
para todo o estado, sob pena de multa de R$ 50 milhões.

Após o apagão desta
semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que voltaria
ao estado para verificar as medidas adotadas para sanar o problema. Acompanhado
de uma comitiva formada por secretários da pasta e representantes do ONS e da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Albuquerque deve chegar a Macapá
na tarde de hoje.

Desde o último dia
4, o ministério montou uma força-tarefa para enfrentar a crise; a estatal
Eletronorte assumiu o fornecimento emergencial de energia e as Forças Armadas
foram mobilizadas para transportar equipamentos e suprimentos para o estado a
fim de atender à população. Segundo o ministério, geradores enviados ao Amapá
em caráter emergencial devem entrar em operação nos próximos dias.

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