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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Alerta

Cientista russo prevê que os próximos 10 anos serão piores do que 2020

“Temos praticamente garantidos mais cinco ou dez anos infernais”, afirmou o estudioso à revista americana The Atlantic | Foto: divulgação

Postado em 27 de novembro de 2020 por Redação
Cientista russo prevê que os próximos 10 anos serão piores do que 2020
"Temos praticamente garantidos mais cinco ou dez anos infernais"

Da Redação*

O cientista russo Peter Turchin indica que, apesar da pandemia do coronavírus ter matado 1,4 milhão de pessoas, ainda é possível piorar. Segundo ele, os próximos dez anos serão ainda mais aflitivos do que 2020. 

“Temos praticamente garantidos mais cinco ou dez anos infernais”, afirmou Turchin à revista americana The Atlantic. Biólogo de formação, o russo usa modelos matemáticos para prever tendências sociais.

A previsão poderia ser mais uma dentre que se repetem todos os anos, não fosse por um detalhe: em 2010, previu uma “era da discórdia” e um período perturbação social que ganharia força por volta do ano de 2020.

Agora, em meio à pandemia de Covid-19, cenário econômico enfraquecido e a força da democracia sendo colocada à prova, até os analistas mais céticos começam a olhar com mais atenção para as falas do cientista russo.

O raciocínio que levou Peter Turchin a fazer a previsão no estudo publicado pela revista Nature, em 2010, e o prognóstico para os próximos dez anos é o mesmo.

Desde que deixou a biologia, ele passou a analisar dados históricos e arqueológicos dos últimos 10.000 anos e percebeu padrões de comportamentos e acontecimentos que se repetem de tempos em tempos. Dentre eles está a oscilação entre violência e paz provocada pela movimentação social que, conjugada com três pilares, o levaram à previsão sombria para os próximos 10 anos.

Em sua entrevista à The Atlantic, Turchin explicou que o cenário sombrio para a próxima década se baseia em três pontos fundamentais. 

Primeiro ele explica que a camada da elite na sociedade está se expandindo rapidamente, sem que sejam criadas posições para esses novos membros. Essa situação gera uma disputa no topo da pirâmide social que culmina em uma divisão entre elite e contra-elite. 

Somam-se a este quadro uma classe trabalhadora com qualidade de vida em declínio e um Estado enfraquecido, insolvente e que já não consegue mais solucionar os problemas de suas sociedades.

*Com informações da CNN Brasil 

 

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