Felipe André

A vitória do Atlético Goianiense na noite desta última quarta-feira
quebrou um longo jejum sem triunfos como mandante, mas proporcionou novas
opções para Marcelo Cabo. O treinador apresentou quatro novidades na equipe
titular: Natanael, Pereira, Ferrareis e Wellington Rato nas vagas de Nicolas,
Maranhão (suspenso), Danilo Gomes e Janderson. A intensidade foi maior e o
rubro-negro marcou em cima do Fluminense em praticamente toda a partida.

“O Atlético joga da mesma forma dentro e fora de casa, nós jogamos de
maneira bem similar de como havíamos atuado contra o Ceará. É claro que com o
tempo a equipe ganha conjunto e acaba evoluindo, fizemos quatro mudanças e o
time continuou em evolução, isso é muito bom. Uma competição dessa você não
ganha com o time, você conquista com o elenco”, disse Cabo.

A próxima partida do Atlético Goianiense acontece no outro domingo,
dia 27, contra o Grêmio, fora de casa. O rubro-negro se reapresentou ontem e
iniciou a preparação para esse duelo diante do time gaúcho. Marcelo Cabo tem a
possibilidade de repetir a equipe que conquistou a segunda vitória consecutiva
e o nono lugar na Série A.

“Montamos a equipe pelo estudo que fizemos do Fluminense. A entrada do
Ferrareis e do Wellington Rato com a perna invertida para jogar nas costas dos
laterais deles, pelo nosso estudo eles encontrariam mais espaços e criaram
amplitude para os nossos laterais. A entrada de Natanael foi pelo fato dele ser
mais agressivo no último terço. Estudamos bastante, fiquei feliz com a entrada
do Pereira, ganhamos novas peças para o andamento da competição. Me deixou mais
feliz a competitividade interna, jogadores que não estavam sendo utilizados e
agora estão correspondendo”, completou Marcelo Cabo.

O comandante aproveitou para desabafar sobre
alguns rótulos que estava recebendo ao longo da carreira. Campeão da segunda
divisão, com o próprio Atlético Goianiense, em 2016, Marcelo Cabo também
conseguiu o acesso com o CSA para a elite do futebol nacional, mas em ambos os
clubes não teve carreira longa quando começou a Série A. “Tenho a convicção que
estou no caminho certo porque quando eu voltei para Série A eu ouvi muita
coisa; treinador de Série B, treinador que só ganha na Série B, treinador que
não tem números na Série A. E eu sempre tive dentro de mim que o treinador é
competente em qualquer divisão.”, concluiu.