Anvisa abre consulta pública sobre reprodução humana assistida
Sugestões poderão ser enviadas por meio de um formulário eletrônico da agência | Foto: Reprodução
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) abriu nesta quarta-feira (6/1) duas consultas públicas. Uma
sobre as boas práticas em tecidos humanos para uso terapêutico e a outra sobre
a reprodução humana assistida. As contribuições para ambas as consultas podem
ser enviadas até o dia 20 de fevereiro.
As sugestões poderão ser enviadas
por meio do preenchimento de um formulário eletrônico específico. Não é
necessário o envio postal ou o protocolo presencial de documentos em meio
físico.
Aqueles que não têm acesso à
internet também podem participar. Nesse caso, as sugestões devem ser enviadas
por escrito para Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Gerência de Sangue,
Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO), SIA, Trecho 5, Área Especial 57,
Brasília-DF, CEP 71.205-050. Excepcionalmente, contribuições internacionais
poderão ser encaminhadas em meio físico para o mesmo endereço, mas direcionadas
especificamente à Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte).
Após o término da consulta
pública, as contribuições serão analisadas e o resultado será disponibilizado
no portal da Anvisa.
Tecido humano
De acordo com a Anvisa, a
necessidade de atualização de pontos específicos das regras atuais sobre as
boas práticas em tecidos humanos para uso terapêutico de pontos surgiu a partir
de discussões realizadas com os bancos de tecidos e de demandas externas
recebidas pela Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da
Agência. Os pontos a serem alterados se referem exclusivamente aos critérios de
seleção e exclusão dos doadores de tecidos (triagem clínica, social, física e
laboratorial).
Reprodução humana
A Anvisa também realiza consulta
pública sobre as boas práticas em células e tecidos germinativos e embriões
humanos para uso terapêutico. Segundo a agência, o texto em consulta, que
contou com um grupo de trabalho constituído de especialistas brasileiros, está
alinhado com as principais propostas internacionais sobre o assunto.
Estão em análise modificações nos
seguintes pontos:
– Alteração em critérios de
testagem laboratorial de doadores e pacientes, para garantir maior segurança na
realização dos procedimentos;
– Aprimoramento de requisitos de
boas práticas, de forma a assegurar um maior controle sobre os procedimentos,
de acordo com os parâmetros de qualidade e segurança necessários;
– Inclusão de novos dados a serem
compilados e divulgados sobre as técnicas de reprodução humana assistida, por
meio do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), tais como
informações sobre gestações clínicas, doações de gametas, técnicas de
inseminação artificial, entre outros;
– Novos requisitos para a
realização do transporte de gametas e de embriões humanos;
– Criação da certificação para a
importação de gametas e embriões humanos de importadores nacionais, bem como o
aprimoramento da qualidade e da agilidade do processo de importação. (ABr)