Teste do Olhinho em bebês permite diagnóstico precoce de várias doenças
Especialista explica que exame deve ser realizado antes da alta da maternidade ou na primeira consulta com o pediatra no primeiro mês de vida | Foto: reprodução
Da Redação
O último levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, informa que existem mais
de 6,5 milhões de brasileiros com deficiência visual – deste total, cerca de
600 mil pessoas são completamente cegas. Cerca de 80% desses casos poderiam ser
evitados se houvesse diagnóstico médico precoce.
Segundo a coordenadora do
curso de enfermagem da Estácio Goiás, Tainara Sardeiro, o teste do
olhinho, também chamado de teste do reflexo vermelho, é simples, rápido e
indolor. O exame pode identificar várias doenças pouco após o nascimento do
bebê, assim podendo ter um tratamento cedo e adequado. “O teste consiste em
identificar o reflexo vermelho que aparece ao iluminarmos o olho do bebê, e
esse exame é semelhante ao quando observamos nas fotografias. E ao examinar
podemos identificar catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma
(câncer no olho), hemorragias e sequelas de toxoplasmose, Zika, Sífilis ou
outras doenças” revela a docente.
Quando o diagnóstico é precoce, o
tratamento do bebê é mais rápido. Quanto mais tarde tratado, piores são os
resultados visuais, adverte a especialista. E nos casos de bebês prematuros, o
teste do olhinho deve ser realizado por um oftalmologista especializado em
retina ainda na UTI, para que seja encaminhado ao tratamento o quanto antes,
assim minimizamos as sequelas. “O exame deve ser realizado entre 4 a 6 semanas
de vida. Não deixe passar da hora e o retorno deve ser seguido a risco,
conforme orientações do médico” argumenta Tainara.
A professora ainda orienta que o
teste deve ser realizado antes da alta da maternidade ou na primeira consulta
com o pediatra dentro do primeiro mês de vida da criança. “Além do pediatra na
maternidade, é recomendável que seja consultado um oftalmologista. Para que seja
feito um exame bem detalhado do olhinho do bebê, tornando-se necessário dilatar
a pupila e olhar com equipamentos próprios do oftalmologista” ressalta.