Gláuber Ramos analisa gols sofridos e fala sobre montagem de elenco no Goiás
Augusto César conversa com centroavantes Rafael Moura e Fernandão, experientes que podem ajudar o Goiás nesta reta final | foto: Rosiron Rodrigues / Goiás EC
Victor Pimenta
O Goiás sofreu mais uma goleada
no Campeonato Brasileiro, ao perder para o Fluminense por 3 a 0 e assim a
situação que já estava complicada na competição, ficou ainda mais com o revés. A
equipe esmeraldina agora pode ficar à sete pontos de seu rival mais próximo na
tabela, faltando cinco rodadas para o fim da Série A.
O jogo que começou com a pressão
do Goiás nos dez primeiros minutos, tomou outro rumo após o Fluminense abrir o
placar. A equipe tricolor ainda fez dois gols antes do intervalo, matando a
partida. O treinador comentou e analisou o motivo da derrota.
“Realmente é de questionar o
primeiro tempo que nós fizemos, pois foi muito abaixo. Final de temporada,
então tivemos a semana cheia com trabalho de recuperação de alguns atletas e
nos preparamos bem para esse jogo sim. Infelizmente sofremos dois gols do
Fluminense nas bolas paradas, sabíamos dessa qualidade do adversário, alertamos,
mas infelizmente nós falhamos. A partir do momento que você sofre dois gols
muito rápido, você precisa buscar o resultado fora de casa com uma equipe qualificada
como eles é difícil. Infelizmente falhamos nesse primeiro tempo e poderíamos ter
sofrido ainda mais gols”, disse Gláuber Ramos.
O time entrou na partida diante
do Fluminense com o esquema diferente do que vinha tendo nas últimas rodadas,
abandonando o 3-5-2 e retornando ao tradicional 4-3-3. Com isso, a defesa que
perdeu mais um jogador que poderia ajudar na marcação, mas acabou reforçando
seu ataque. O resultado não foi o mais esperado, e os três gols sofridos para o
Fluminense fez com que a equipe se tornasse a equipe com mais gols tomados na
Série A, 57 no total, três a mais que o Bahia.
“A minha questão particularmente
é sobre a montagem do elenco. Temos um excelente goleiro, dois zagueiros que a nível
nacional são muito bons (David Duarte e Fábio Sanches, juntamente com o Heron
subindo da base). O problema então não é a defesa em si, mas a montagem geral
do elenco. Desde 2019 tem esse problema e não é questão do sistema, ou coisa
parecida. Acredito que devemos melhorar isso para o próximo ano, mas o
pensamento ainda é tentar sair dessa zona de rebaixamento, que está cada vez
mais difícil, mas ainda temos totais condições de sair”, ressaltou o treinador.
Faltando cinco rodadas para o
fim, o time irá encarar desafios difíceis nesses jogos finais e além de tentar
a permanência na Série A, o time esmeraldino tem outra particularidade para ser
evitada, sofrer mais gols que sofreu na edição anterior (2019). Foram 64 gols
tomados, deixando o saldo de gols do Goiás de dezoito negativo. Até o momento,
já foram 57 sofridos, oito a menos que no ano retrasado (2019).
“Realmente se você tomar mais
gols do que você fizer, realmente você não vai conseguir as pontuações
necessárias. Nós quando assumimos a equipe, nós tentamos organizar o setor
defensivo e conseguimos a princípio, só que depois com alguns problemas tendo jogadores
suspensos, com lesões, perdemos aquela maneira de jogar como havíamos colocado.
Mas a partir do momento em que você precisa vencer os jogos, sair um pouco mais
para o jogo, você se expõe mais realmente. Vamos tentar organizar nesses dias,
descansar, conversar bastante com eles, através de vídeos, analisa-los e ver os
erros que estamos cometendo para poder realmente estancar esse problema que
estamos tendo”, concluiu o técnico esmeraldino.
O próximo jogo esmeraldino acontece nesta
quarta-feira (3/2), quando enfrentam o Atlético Mineiro, no estádio da
Serrinha, às 21h30.