Daniell Alves

Os municípios goianos precisam enviar à Secretaria de Saúde do Estado (SES) informações referentes à primeira fase da vacinação para receberem a segunda remessa de doses de vacinas contra a Covid-19. É o que explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. Segundo ela, a medida torna-se necessária para que a Saúde possa monitorar e traçar estratégias de vacinação. Secretaria não explica quantos e quais municípios precisam atualizar seus dados.

“Nós precisamos que os municípios administrem e registrem as doses para que a terceira remessa possa ser distribuída”, destaca. Flúvia ressalta que há expectativa quanto à chegada de novas doses, que irão contribuir na imunização dos grupos prioritários. “Quanto mais doses tivermos, maior será a ampliação desses grupos prioritários. Com maior número de pessoas vacinadas, consequentemente menor número de pessoas hospitalizadas”, destaca.

A vacinação contra a Covid-19 na população goiana começou em 18 de janeiro e foi direcionada aos seguintes grupos: idosos e pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência, população indígena aldeada e trabalhadores de saúde que atuam na linha de frente de combate à pandemia.

Agora, o Estado avança no plano de vacinação contra a Covid-19 com a chegada de outra remessa de doses, prevista para os próximos dias. De acordo com o governo, a nova etapa vai abranger idosos a partir de 80 anos, cuja população total corresponde a 111.453 pessoas em Goiás. O Estado já recebeu 278.480 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 212.980 da Coronavac e 65.500 da AstraZeneca.

8,7 mil idosos vacinados

O Estado concluiu a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos 8,7 mil moradores das 209 instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) que existem em Goiás. O grupo faz parte dos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde (MS) e, por isso, as 183 mil doses que chegaram a Goiás, foram direcionadas a ele, bem como aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à doença; às pessoas com deficiência institucionalizadas; e aos indígenas aldeados. O carregamento foi suficiente para imunizar 87 mil pessoas.

A segunda aplicação deve ocorrer ainda neste mês. “Concluída essa vacinação dos idosos assistidos por instituições de longa permanência, nossos esforços serão para conseguir mais doses e, ainda junto com os profissionais da saúde, imunizar, o quanto antes, as pessoas com mais de 80 anos que não vivem em abrigos, um grupo de altíssimo risco”, explicou a titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), Lúcia Vânia.

Das 209 instituições que receberam a imunização, 130 são privadas sem fins lucrativos, 61 públicas e 18 privadas com fins lucrativos. A lista inclui Ilpis e Casas-Lares, governamentais ou geridas por organizações sociais.

Taxa de ocupação em alta

A rede pública estadual de saúde possui 259 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19. Até a última atualização, na noite de ontem (2), a taxa de ocupação estava em 89%. Na enfermaria, o número está em 59%, segundo o painel da SES-GO.

A pasta afirma que mantém o monitoramento diário dos leitos para pacientes com Covid-19 para avaliação do cenário da taxa de ocupação hospitalar em Goiás. Na Capital, os hospitais que ainda podem ter aumento de leitos para casos positivos de Coronavírus são o Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp) e o Hospital das Clínicas (HC).

 Por conta da superlotação, municípios goianos irão receber novos leitos de UTIs. A parceria parceria entre governos estadual e municipais resultará na ativação de 110 novos leitos de UTI, além da conversão de 36 leitos para pacientes da Covid-19 e de 20 enfermarias. Está prevista a abertura de 14 UTIs no Hcamp, cinco em Porangatu e 11 em Senador Canedo. Atualmente, o HC oferta 22 leitos de UTI e vai aumentar de 30 para 40 os de enfermaria para Covid-19. (Especial para O Hoje)