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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Transporte Coletivo

Plano emergencial do transporte deve ser escolhido pelo Judiciário

Municípios Da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) devem aderir ao Plano Emergencial do Transporte Público do Estado | Foto: Reprodução

Postado em 5 de fevereiro de 2021 por Redação
Plano emergencial do transporte deve ser escolhido pelo Judiciário
Municípios Da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) devem aderir ao Plano Emergencial do Transporte Público do Estado | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Termina hoje (4) o prazo para que os municípios que integram a Região Metropolitana de Goiânia (RMG) protocolem adesão ao Plano Emergencial do Transporte Público, apresentado pelo Estado no último ano. Se não houver acordo entre a prefeituras e Estado, o Judiciário irá decidir qual plano irá ser executado. O município de Aparecida de Goiânia, que participa da RMG, afirma que, da sua parte, a situação está indefinida.

A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) não adiantou informações sobre o plano. Segundo informou ao O Hoje, o presidente da Companhia, Murilo Ulhôa, irá realizar uma live hoje para informar os próximos passos. Conforme o plano inicial, Goiânia teria que arcar com 41,18% dos recursos para suplantar o déficit operacional das empresas, que já chega a R$ 75 milhões; o Estado ficaria responsável por 17,65% dos recursos; Aparecida de Goiânia, 9,41%; a Senador Canedo, 8,24%; e aos demais municípios, 23,53%.

O presidente da CMTC afirmou que os valores estão dentro do padrão, mas também cobrou maior participação do Estado na porcentagem de 23% do restante dos municípios. “Temos que estudar uma forma de o Estado participar com esses 16 municípios que também estão incluídos no plano emergencial”, destacou. “O que a gente entende é que o transporte é intermunicipal. Achamos que é prudente estudarmos junto ao Estado. O Estado ter essa participação de mais 23%”, completou ele.

Além desses estudos, a Prefeitura de Goiânia também determinou que fosse feito um projeto de remodelagem do serviço de transporte com soluções para a Capital, Aparecida de Goiânia e municípios, destacou Murilo. “Estamos definindo as soluções e essa equipe ficou responsável por apresentar as ações que podem ser desenvolvidas no sistema visando solução”, afirmou.

Sobre tarifa e reajustes no valor atual (R$ 4,30), o presidente da CMTC foi enfático ao afirmar que “por determinação do prefeito Rogério Cruz a pauta reajuste não entrará em debate pelos próximos 12 meses”.

Passageiros caíram em 80%

A Justiça de Goiás chegou a homologar o plano, em maio do último, mas o documento não havia sido acatado pelos municípios. A gestão anterior da prefeitura, contudo, era contrária à subvenção econômica no transporte, embora o número de usuários do transporte coletivo tivesse sido reduzido em cerca de 80%, acarretando prejuízos às concessionárias que operam o transporte na Capital.

Diante deste cenário, a atual gestão do Paço sinalizou a possibilidade de aderir o plano do Estado, mas com algumas alterações, a exemplo de que Estado deveria arcar com os custos da gratuidade do sistema, que corresponde a 11% do total. “Este plano é do governo e não aceitamos pagar gratuidades. Vamos apresentar o nosso plano e a Justiça vai definir qual permanece”, afirmou o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

A reportagem entrou em contato com o Estado e com a Prefeitura de Goiânia para saber como será a participação de cada um no plano, mas ambos não responderam até o fechamento desta edição.

Decisão

Em junho do último ano, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) fez um pedido de liminar para que fosse apresentado um estudo técnico, com definição do aporte financeiro a ser realizado pelo Estado e os municípios que integram a RMG, necessário para a manutenção do sistema de transporte público coletivo.

 Na decisão, a juíza Mariuccia Benício esclareceu que a CMTC é a empresa pública constituída e competente pela gestão do planejamento, fiscalização e regulação dos serviços operados pelas concessionárias em toda a Região Metropolitana de Goiânia, sendo que os municípios que a compõem estão submetidos ao poder de polícia (fiscalização) da CMTC. Foi apontado ainda que é obrigação da CMTC administrar e prestar as contas dos recursos empregados no serviço público essencial do transporte coletivo. (Especial para O Hoje)

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