Felipe André

Apesar da noite chuvosa do último sábado (6/2), a partida entre Atlético Goianiense e Santos foi muito quente dentro das quatro linhas. Com direito a revisão do VAR, expulsão e dois pênaltis marcados, os clubes ficaram no empate por 1 a 1, quando justamente converteram as cobranças. Jean marcou para os donos da casa e o jovem Marcos Leonardo deixou tudo igual para os visitantes, já na segunda etapa.

“Só se eu cortar o braço do jogador, porque o braço é o ponto de equilíbrio para o atleta saltar. O futebol precisa rever a questão do pênalti, teve o lance do Botafogo e agora o nosso, o que vai fazer? Cortar o braço? O futebol é esporte de contato, você se protege com o braço. Os pênaltis contra o Atlético são pênaltis de VAR, é difícil falar o que é certo ou errado. Eu sou favorável do pênalti ter a mão intencional, quando aumenta o espaço do corpo em direção ao gol. Uma bola disputada é complicado”, analisou Marcelo Cabo sobre o lance do pênalti cometido por Éder.

O responsável pelo apito dentro de campo foi o experiente Marcelo de Lima Henrique (RJ). Essa foi a segunda partida que ele comandou no estádio Antônio Accioly nesta temporada, a primeira foi no clássico diante do Goiás, em que os donos da casa foram derrotados por 1 a 0. Naquela ocasião ele foi homenageado, pois estava completando 200 partidas como árbitro profissional e recebeu uma camiseta da seleção brasileira personalizada.

Em toda a partida, Marcelo Cabo e Cuca reclamaram bastante com o árbitro da partida. Faltas invertidas, cartões e principalmente a expulsão de Matheus Vargas, pelo lado atleticano, causou a revolta da comissão técnica e da diretoria na arquibancada. Mas em ordem cronológica, quem teve o primeiro pênalti marcado a seu favor foi o Atlético. 

Dudu recebeu pelo lado direito, entrou na grande área e foi derrubado por Arthur Gomes, o atacante que estava encarregado de substituir Marinho, que lesionado nem viajou. Jean pegou a bola e cobrou no meio, marcando o sexto gol dele com a camisa do Atlético Goianiense, o quinto apenas na Série A, já que ele também marcou em uma oportunidade na Copa do Brasil.

Na segunda etapa, o lance mais comentado da noite. Matheus Vargas recebeu no meio-campo e disparou, passou por três adversários que tentaram cometer a falta, mas o atleta permaneceu em pé. A bola então foi adiantada e Vargas aplicou um forte carrinho em Luan Peres. No momento, Marcelo de Lima Henrique aplicou o cartão amarelo, mas foi chamado ao VAR e então após revisar o lance, optou pelo cartão vermelho. Com a decisão, a comissão técnica atleticana reclamou bastante e Gabriel Cabo, filho e auxiliar de Marcelo Cabo, também foi expulso.

O Santos então aumentou a pressão, Cuca tirou os dois volantes de marcação e ficou apenas com Ivonei para a saída de bola. Com mais atacantes, o Atlético se defendeu, mas na reta final, após cruzamento na área, Marcos Leonardo cabeceou e acertou o braço de Éder, que estava aberto. Sem a necessidade do VAR, o árbitro marcou e então o próprio Marcos Leonardo balançou as redes pela terceira vez desde que chegou no time profissional.

“Conheço o Marcelo de Lima Henrique há muito tempo, tenho respeito por ele, mas ele esteve em uma noite muito infeliz. Quando um árbitro desagrada as duas equipes, isso resume a arbitragem, que nos tirou a vitória. Estávamos com 1 a 0, controlando, perto de conseguir o segundo gol, então o Vargas sofre três faltas consecutivas e ele se desequilibra, mas é claro, o cara não está raciocinando direito, não está equilibrado. Ele teria que voltar na origem e não teria essa cena toda. Foi uma noite infeliz e interferiu direto no nosso resultado”, destacou Marcelo Cabo após a partida.

Agora, o Atlético Goianiense se prepara para enfrentar o Athletico Paranaense na próxima rodada. Sem contar com Nicolas, que pertence ao time adversário, a partida será realizada no estádio Arena da Baixada, no próximo domingo (14), às 18h15 (horário de Brasília).