PolÃcia de Myanmar dispara contra manifestantes e quatro ficam feridos
Foi o dia mais violento de protestos contra o golpe de Estado | Foto: Reprodução
Policiais e manifestantes entraram em confronto na última terça-feira (9/1), em Myanmar, no dia mais violento de protestos contra o golpe militar que derrubou a lÃder Aung San Suu Kyi, eleita em novembro. Um médico disse que uma mulher provavelmente não sobreviveria a um tiro na cabeça.
Mais três pessoas estavam sendo tratadas por ferimentos de supostas balas de borracha, depois que a polÃcia disparou tiros, principalmente para o ar, e usou canhões de água para tentar afastar os manifestantes na capital Naypyitaw.
A televisão estatal informou que policiais ficaram feridos durante as tentativas de dispersar os manifestantes — o primeiro reconhecimento dos protestos ocorridos no paÃs.
Os incidentes marcaram o primeiro episódio de violência desde que os militares, liderados pelo chefe do Exército, general Min Aung Hlaing, derrubaram o governo de Suu Kyi, em 1º de fevereiro, e a detiveram juntamente com outros polÃticos da Liga Nacional para a Democracia (NLD).
Os militares alegaram que a NLD venceu por fraude – uma acusação rejeitada pelo comitê eleitoral e pelos governos ocidentais.
Na noite de da última segunda-feira (7/1), a polÃcia de Myanmar invadiu a sede da NLD em Yangon, disseram dois parlamentares eleitos do partido.
A operação foi realizada por cerca de uma dezena de policiais, que invadiram o prédio na capital comercial depois de escurecer, segundo eles.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu às forças de segurança de Myanmar que respeitem o direito das pessoas de protestar pacificamente.
“O uso de força desproporcional contra os manifestantes é inaceitável”, disse Ola Almgren, representante da ONU no paÃs. (Agência Brasil)