Gláuber nega imposição de diretoria em escalar time alternativo diante da Aparecidense
Treinador sabe que confronto diante do Botafogo não será dos mais fáceis e que Goiás joga com a ‘faca no pescoço’ | foto: Rosiron Rodrigues / Goiás EC
Victor Pimenta
O Goiás foi eliminado no
Campeonato Goiano na noite desta quarta-feira (10), para a Aparecidense ao
perder por 2 a 0 em casa e com isso terá somente agora pela frente os três
jogos da reta final do Campeonato Brasileiro, quando enfrenta Botafogo, RB
Bragantino e por último, o Vasco da Gama.
Com isso, o time que vem de uma
temporada longa e desgastante em 2020, resolveu colocar seus garotos desde o
retorno do Goianão desde o clássico diante do Atlético Goianiense e na vitória
diante do Goianésia. Perguntado se houve uma imposição da diretoria em não escalar
os considerados “titulares”, Gláuber Ramos falou.
“A gente está em uma briga muito
dura para permanecer na Série A. Os atletas não conseguiriam fazer esse jogo
agora e os três próximos jogos decisivos que temos na Série A. Cada jogo só tem
importância em vencer o primeiro jogo. Só vai ter importância os jogos contra o
RB Bragantino e o Vasco, se vencermos o Botafogo. Estamos em final de
temporada, estamos com muitos problemas, vocês são sabedores que perdemos
muitos atletas e tivemos que recompor com meninos da base, com um elenco muito
enxuto. Jogadores que jogaram hoje irão compor o banco ou até mesmo começar
jogando sábado. Então não é imposição da diretoria. É algo que nos resta, foi
trabalhar com esse grupo, que vale ressaltar que é um grupo que tem potencial e
infelizmente vamos olhar para o resultado da partida, mas o primeiro tempo foi
uma equipe que teve qualidade”, completou o treinador.
Sem Marcelo Rangel, titular nos
últimos jogos do clube na Série A e sem Tadeu, o Goiás voltou a começar com
outro atleta vindo de sua base no gol, o goleiro Matheus. Durante o segundo
tempo, o jogador levou a pior em uma dividida com Érik Bessa e acabou saindo
mais cedo, indo ao hospital fazer exames de rotina. O jogo terminou com outro
goleiro da base em seu lugar, Luis Felype.
“Passamos por uma reestruturação,
a gente tem que dar rodagem para esses garotos e trouxemos o Matheus que é um
goleiro que nós conhecemos a muito tempo, precisava estar jogando e jogou e a
opção de não trazer nem Rangel e nem Tadeu foi para mostrar que estamos com um
time alternativo. Não faria nenhum sentido em trazer nenhum dos dois goleiros e
para essa partida a gente já estava praticamente a equipe toda suplente. Então
foi uma proposta de não trazer nenhum dos atletas que estão jogando no sábado,
contra o Botafogo”, ressaltou o comandante.
O foco do Goiás agora já é no
confronto deste sábado (13/2), quando recebe o Botafogo no estádio da Serrinha,
às 17 horas. Apesar da equipe adversária em questão já ter seu rebaixamento
confirmado, o treinador sabe das dificuldades que o esmeraldino enfrentará
neste próximo jogo.
“É um jogo muito perigoso. É um jogo que eles já
não terão compromisso, a não ser com a instituição e com cada atleta. Então,
eles vão jogar mais leves, mais soltos para fazer um bom jogo, porque afinal,
ninguém gosta de perder. Eles farão um jogo a vontade, tranquilo e a gente com a
faca no pescoço. Vamos ter que fazer um jogo sem erros, procurar vencer e será
um jogo difícil que vai nos complicar e exigir muito da gente, mas estamos
preparados para isso. Não há uma opção de colocar uma equipe alternativa
justamente para preservar os atletas para esse jogo de sábado”, concluiu
Gláuber Ramos.