Nathan Sampaio

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou a, pelo menos, 13 municípios do Estado nas últimas 2 semanas, que passem a informar com transparência os dados relativos ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, bem como as informações referentes ao nome e grupo prioritário a que pertencem as pessoas já vacinadas. A ordem tem objetivo de possibilitar o acompanhamento, em tempo real, pelo cidadão e pelos órgãos de controle da cidades de Vila Propício, Goianésia, Goiandira, Orizona, Sanclerlândia, Córrego do Ouro, Buriti, Quirinópolis, Gouvelândia, Padre Bernardo, Iporá, Minaçu e Campinaçu.

A orientação dos respectivos promotores de Justiça serve para que haja esclarecido definitivo sobre as ações das prefeituras e secretarias de Saúde dos municípios. Destas cidades, inclusive, muitas não chegam nem a informar a quantidade de doses de vacinas contra Covid-19 recebidas pelo governo.

Em outras situações também são protocolados inquéritos para apurar supostas situações de fura-fila. Nestes casos, os promotores exigiram a informação e documentos sobre pessoas que forem denunciadas por tomar vacina sem serem do grupo prioritário definido pelos governos.

Investigações

Na última quarta-feira (10/02), O Hoje trouxe com exclusividade a informação de que até o dia 29 de janeiro, ao menos 15 municípios de Goiás já estavam sendo investigados por irregularidades em relação à aplicação da vacina contra Covid-19 em pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários. Apesar disso, o MPGO não informou quais são as prefeituras nesta situação.

Sem os detalhes sobre quais cidades tem sido investigadas, há, ao menos, um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de goiás (SES-GO) que informou à reportagem que, até o início desta semana, já haviam sido identificadas cerca de 60 pessoas vacinadas de forma irregular no Estado. A pasta informou, ainda, que o governador Ronaldo Caiado tem buscado alternativas junto à Procuradoria do Estado para facilitar as denúncias e estudar possíveis sanções aos infratores.

Em relação a aplicação da segunda dose da vacina, o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, disse que todas as pessoas que furaram a fila e receberam a primeira dose antes dos grupos a que pertencem, deverão tomar o reforço para que sejam evitadas as “perdas das doses já aplicadas”.