Felipe André

Pela primeira vez na história do Campeonato Goiano, o VAR foi utilizado. A partida entre Atlético Goianiense e Aparecidense, que terminou com vitória do rubro-negro por 2 a 1 foi a estreia da tecnologia no torneio estadual. O estádio Antônio Accioly já possuía a cabine por conta da Série A, mas os gastos adicionais, de R$ 36 mil, foram divididos entre os clubes e a Federação Goiana de Futebol (FGF). A outra partida da semifinal não contou com o recurso, pois o Jaraguá não quis transferir o duelo contra o Goianésia para Goiânia.

O trio de arbitragem escolhido para o VAR foi bem experiente. André Luiz Castro foi o árbitro de vídeo, auxiliado por Eduardo Tomaz e Leone Carvalho. Os dois primeiros inclusive desempenham a função desde a chegada da tecnologia no Brasil e estiveram juntos na primeira rodada da Série A de 2019, quando o Bahia venceu o Corinthians por 3 a 2, naquela ocasião o segundo assistente foi Luiz Claudio Regazone (RJ).

“Estou muito gratificado pela confiança da comissão de arbitragem e da FGF. É uma equipe muito experiente, trabalhamos juntos desde quando foi implementado o VAR no Brasil. A mesma equipe que trabalhou na primeira rodada da Série A em 2019, foi escolhida para o Goianão. O nosso nome fica marcado, no futuro todos os jogos vão ter VAR, mas a primeira partida foi com a gente”, destacou o árbitro de vídeo André Luiz Castro.

Se o VAR não agrada a todos na Série A, não poderia imaginar que seria diferente no Campeonato Goiano. Após a derrota, o presidente da Aparecidense Elvis Mendes reclamou bastante da atuação tanto de André Luiz Castro, quanto de Elmo Resende que foi o árbitro dentro de campo. O dirigente não concordou com a não expulsão de Matheus Vargas, que cometeu uma falta no meio-campo, na oportunidade nem amarelo foi aplicado. Além desse lance, a expulsão de Lucas Gazal também foi questionada.

“O VAR foi ridículo nesse jogo de hoje, a arbitragem ridícula! Eu não sou de reclamar de arbitragem, mas o que fizeram aqui hoje, expulsaram um jogador meu com cinco ou seis minutos. O VAR chamou, mas por que não chamou na falta do (Matheus) Vargas também? Não deram nem cartão amarelo! A falta dele foi pior!”, declarou Elvis Mendes, para o Sistema Sagres.

Apesar das críticas, o treinador do Atlético Goianiense, Marcelo Cabo foi na contramão. O comandante elogiou a postura de toda a equipe de arbitragem e concordou com as marcações, inclusive o pênalti marcado contra o próprio rubro-negro.

“Quero parabenizar a arbitragem, teve um pênalti contra o Atlético muito bem marcado, minha equipe de análise de desempenho me passou que realmente foi pênalti. A expulsão do atleta da Aparecidense foi correta, foi o primeiro jogo deles com VAR, talvez eles precisam se adaptar. Quero parabenizar a arbitragem do Elmo e todos do VAR. No campo às vezes a gente não vê e o árbitro de vídeo sinaliza, teve a expulsão deles e um pênalti contra o Atlético que ninguém tinha visto”, elogiou Marcelo Cabo.