O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

domingo, 24 de novembro de 2024
PublicidadePublicidade
Reinvenção das vendas

Comércio da região da 44 vivencia mudanças em decorrência da pandemia

Um dos problemas enfrentados pelos varejistas é a falta de matéria-prima para produção de mercadorias | Foto: Reprodução

Postado em 23 de fevereiro de 2021 por Augusto Sobrinho
Comércio da região da 44 vivencia mudanças em decorrência da pandemia
Um dos problemas enfrentados pelos varejistas é a falta de matéria-prima para produção de mercadorias | Foto: Reprodução

A região da 44, nacionalmente
conhecida pela sua grande variedade de comércios varejistas e de atacado, hoje
transmite um ar de apreensão por parte de seus empresários e funcionários.
Mesmo com um nível de movimentação consideravelmente alto, devido às
circunstâncias da covid-19, os comerciantes têm tido que se reinventar para
manter o fluxo de vendas e manter suas lojas. Segundo empresários da região, no
início de cada ano sempre há uma desestabilizada nas vendas, mas, em 2021, por
conta do vírus da Covid-19, a situação foi ainda mais temerosa.

Ao pensar na região se tornou comum
aos goianos lembrar, além da grande movimentação, do grande fluxo de visitantes
e caravanas de outros estados que vem até o polo fazer compras. Ao contrário
dessa cena corriqueira, hoje, considerando o fluxo anterior, nos deparamos com
uma movimentação reduzida. Segundo o empresário Agnaldo Caixeta, depois do
fechamento do comércio, por quase 3 meses, a reabertura não trouxe o fluxo de
antes. Ele conta que, mesmo seguindo os protocolos sanitários, o cliente, tanto
do varejo quanto do atacado, está sumido.

Leandro Mascarenhas, também
empresário, considera que as lojas abertas estão pagando para trabalhar. O
empresário revela que suas vendas caíram em torno de 80% desde o início da
pandemia. As preocupações não só vem dos empresários da região, como também de
seus clientes. Segundo o varejista Wesley Dourado, os próprios comerciantes que
compram da região estão com medo de suas lojas fecharem e estão economizando,
deixando de comprar na 44.

Diante dessa situação, os
empresários buscam alternativas para manter seu comércio. Dentre as
movimentações estão a busca por vendas online. Segundo a empresária, Dorys Day,
com a pandemia, ela tem recebido diversas mensagens de seus clientes procurando
fazer encomendas online. A demanda, segundo ela, ocorreu pelo medo das clientes
de vir até a capital.

Apesar da migração para as vendas
digitais serem uma alternativa, a empresária diz enfrentar dificuldades devido
ao grande problema com a deslocação e escoamento dos produtos. “Uma cliente de
Salvador me contou que fica sem condições de vir até mesmo buscar a mercadoria
pois lá na cidade dela foi reduzido o número de vendas. É uma situação que fica
difícil para ambas as partes”, afirma Dorys.

Para Leandro, as vendas na internet,
apesar de não suprirem todas as necessidades do comerciante, é uma renda que
consegue segurar o negócio. Segundo o empresário, antes do período de lockdown
ele investiu nessa nova modalidade. Caso haja, novamente, algo parecido, ele
confessa que irá partir novamente para as vendas online. Por outro lado, a
alternativa, para alguns comerciantes, segundo Wesley Dourado, não tem certa viabilidade
devido a capacidade específica cobrada para utilizar as novas tecnologias.

Outro problema enfrentado pelos
comerciantes na 44 é a falta de matéria-prima para a produção das mercadorias.
Segundo eles, o material está demorando para chegar e quando está em mãos tem
uma quantidade muito baixa que é dividida em um número grande de produtores. Os
atrasos e faltas estão fazendo com que grande parte deles fique sem previsões
para exposição e venda dos produtos. A desatualização das peças, segundo os comerciantes,
tem sido um fator, também, que fez com que o fluxo de venda das lojas fosse
reduzido.

Segundo o presidente do Sindicato do
Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-Go), Eduardo Gomes, as perdas
de 2020 serão revistas. Para ele, apesar de estarmos passando pela segunda onda
da Covid-19, a expectativa para este ano é boa. Com a devida cautela, o
presidente projeta uma reação positiva para o cenário econômico da capital.
Incluso nessa perspectiva está o reaquecimento das vendas e a expansão das
atividades empresariais. Acrescentando que as ações vão depender da aceleração
da vacinação, Eduardo, considerando a posição enquanto empresário, diz estar
disposto a colaborar com o governo. “O momento é de união, de somar forças
contra essa pandemia”, afirma Eduardo.

Como forma de prevenção do contágio
do coronavírus, na edição nº 7491, publicada na tarde de segunda-feira (22/02),
pelo Diário Oficial da Prefeitura de Goiânia, a região da 44 passará a ter um
novo horário de funcionamento. Conforme o decreto, as lojas funcionarão entre
às 7h e 15h de quarta-feira à sábado.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.