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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Negociações

Vale do São Patrício avalia compra de 150 mil doses da vacina Sputinik V

Pelo menos 16 cidades fazem parte da articulação; Compra dos imunizantes só será garantida com a certeza de que o Ministério da Saúde não confiscará as doses | Foto: Divulgação / União Qímica

Postado em 5 de março de 2021 por Redação
Vale do São Patrício avalia compra de 150 mil doses da vacina Sputinik V
Pelo menos 16 cidades fazem parte da articulação; Compra dos imunizantes só será garantida com a certeza de que o Ministério da Saúde não confiscará as doses | Foto: Divulgação / União Qímica

Maiara Dal Bosco

Um protocolo de intenções com a farmacêutica União Química para compra de 150 mil doses da vacina Russa Sputnik V foi assinado por um consórcio de municípios da região Vale do São Patrício. De acordo com o presidente eleito da Federação Goiana dos Municípios (FGM) e Prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, pelo menos 16 cidades goianas estão nesta articulação.

Segundo Haroldo, no entanto, a compra dos imunizantes só será garantida com a certeza de que o Ministério da Saúde (MS) não confiscará as doses. “Já fizemos reserva da vacina Sputnik e estamos trabalhando outras alternativas de outras vacinas, mas nós só vamos comprar vacinas se elas forem efetivamente entregues no município para ser vacinado de imediato. Se a vacina for para o Governo Federal para depois voltar, no meu entendimento não vamos comprar”, afirmou. 

Fazem parte do consórcio os municípios de Ceres, Guarinos, Goianésia, Ipiranga de Goiás, Itaberaí, Itapaci, Jaraguá, Nova América, Nova Glória, Pilar de Goiás, Professor Jamil, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Santa Isabel, Santa Rosa, São Patrício e Vila Propício. Este é um dos cinco consórcios que Goiás participa para tentar comprar doses de vacina contra a Covid-19. Até o momento, somente o Ministério da Saúde tem autorização para distribuir os imunizantes.

Doses para Goiânia

Na manhã de ontem (4/3), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, visitou o laboratório da União Química, em Brasília. Com o objetivo de conhecer o processo de produção da vacina Sputinik V, o chefe do Executivo Municipal revelou que o encontro serviu para iniciar as negociações para a possível compra inicial de 600 mil doses do imunizante para serem aplicadas nos goianienses com idade acima de 60 anos.

“É com muita honra que recebi este convite e não poderia deixar de estar aqui para, além de conhecer a produção da Sputinik V, já iniciar as negociações de doses da vacina para Goiânia”, afirmou Rogério Cruz, ao acrescentar que a produção da empresa União Química ocorre no Brasil em fase piloto, mas a fabricação em larga escala depende de autorização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na próxima semana, segundo Rogério, a empresa vai concluir a produção de 4,5 mil doses que serão enviadas à Rússia para certificar a qualidade e eficácia dos imunizantes. “A partir desta validação, a empresa brasileira começará a produzir as vacinas em larga escala e aí abre a possibilidade da nossa aquisição e aí sim vamos poder ampliar a vacinação do grupo de risco da nossa capital”, comentou o prefeito. 

A União Química está transferindo tecnologia para a fábrica da empresa, o que permitirá a produção das vacinas integralmente no Brasil. “É uma iniciativa inédita no País”, revelou o diretor de Negócios Internacionais da empresa, Rogério Rosso. Atualmente, segundo ele, a empresa atua na terceira fase para a produção de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) no Brasil e depois de autorização da Anvisa poderá produzir até dezembro 150 milhões de doses. O Prefeito de Goiânia foi o primeiro a visitar e a iniciar as conversações para aquisições de imunizantes.

Dados atualizados

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), divulgados ontem (4/3), Goiás registra 409.108 casos confirmados de Covid-19. O número de óbitos pela doença no Estado chegou a 8.777, e a taxa de letalidade, a 2,15%.

Na manhã desta sexta-feira (5/3), a taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 nos hospitais sob gestão do Estado de Goiás chegou a 97,6%. Dos 427 leitos, somente seis encontravam-se disponíveis. No caso dos leitos destinados para Enfermaria, a taxa de ocupação estava em 87,0%, o que representava, dos 443 totais, que somente 57 estavam disponíveis. (Especial para O Hoje).

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