WandaVision nos leva, definitivamente, a uma outra realidade
Série da Marvel foi a mais assistida dos últimos tempos e deixou grande parte do público extremamente satisfeito com produção | Imagem: divulgação
Nathan Sampaio
Repleta de referências e produzida de uma forma totalmente inovadora, a série WandaVision, que teve um episódio divulgado por semana desde janeiro, se tornou o show mais visto dos últimos tempos. De acordo com dados exclusivos para a Variety Intelligence Platform a partir de análises do provedor TVision, com apenas quatro episódios em janeiro, a produção original da Marvel Studios e distribuída pela Disney+ dominou o streaming e bateu recordes de audiência, acumulando um índice de 8.127 na audiência, o que significa que foi quase 81,3 vezes mais assistida do que a média de séries vistas em plataformas de vídeo sob demanda durante o primeiro mês do ano.
A história, protagonizada por Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany), colocou o casal em uma jornada um tanto quanto complexa, principalmente para quem não estava acostumado com o universo da Marvel. A cada episódio, a produção apresentava a dupla vivendo sua vida “pacata” em uma década diferente, começando pelos anos 50, em preto e branco e tudo mais, trazendo histórias cômicas, com toques de drama e suspense difíceis de absorver num primeiro momento.
Ao todo, passando pelos 9 episódios, temos Wanda e Visão desenvolvendo a trama em episódios dignos de sitcom em seis décadas diferentes, mas também 3 episódios específicos para esclarecer um pouco mais sobre o que estaria acontecendo de fato, e que não nos poupam ação. Ou seja, a série termina de uma forma completamente diferente de como começou, em se tratando de cada detalhe, MESMO. Tudo da forma mais bem feita possível, digna da Marvel cinematográfica.
A série é ainda, um conforto em tempos de pandemia. A produção cumpre seu papel de entreter e deixar até quem não é fã com um gosto de quero mais, ao mesmo tempo em que traz um conjunto muito bem amarrado, com conclusões à altura em um encerramento que nos deixa atônitos e nos emociona. Aliás, para quem não assistiu o último episódio até o fim, há duas cenas pós-créditos.
Alerta spoilers
Durante os episódios, ainda somos apresentados a personagens incríveis e que instigam, e muito, o público, e que gerou trendings e muitos memes nas últimas semanas. Entre os personagens mais marcantes estão Monica Rambeau (Teyonah Parris), Agnes (Kathryn Hahn), os filhos de Wanda e Visão, Billy e Tommy que são Wiccano e Célere dos quadrinhos, e uma das maiores surpresas, o Pietro, irmão de Wanda, mas interpretado por Evan Peters, o ator que viveu o herói em três filmes dos X-Men, e não o “original” dos filmes da Marvel, atuado por Aaron Taylor-Johnson.
Caminhando para o fim da série, temos revelações bem esclarecedoras. O fato é que Wanda estava criando uma realidade paralela com seus poderes para lidar com seu luto, já que ela é uma das personagem que mais sofreu na Marvel: perdeu os pais, o irmão e o Visão (os pais em uma guerra, e os dois últimos em diferentes filmes da franquia).
Paralelo a isso, a série mostra uma Wanda entendendo melhor os seus poderes e sendo apresentada a sua identidade de Feiticeira Escalarte. Isso quem nos traz, aliás, é Agnes, que na verdade é a grande vilã da história. Seu nome real é Agatha Harkness, uma bruxa que estava de olho nos poderes de Wanda e com quem luta nos últimos dois episódios do show.
Como dito anteriormente, a série nos leva para essa realidade paralela e também consegue homenagear clássicos da TV norte-americana das últimas décadas, ao mesmo tempo em que explora o luto de Wanda e seus poderes inimagináveis. Isso, somado à sua audiência, faz da produção uma das mais significativas da franquia e que deve ser lembrada e usada como inspiração e referência para próximas realizações da Marvel Studios no Disney+.