Goiás gerou 15 mil novos postos de trabalho formais, diz Caged
Foram 55.956 admissões e 39.968 desligamentos no Estado em janeiro | Foto: Reprodução
Luan Monteiro
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados na manhã desta terça-feira (16/3), apontam o saldo de
15.988 empregos formais criados em Goiás em janeiro de 2021, o que representa
variação positiva de 1,28%. Na região centro-oeste, o Estado foi o que mais
criou postos de trabalhos formais no mês.
Ao todo, foram 55.956 admissões e 39.968 desligamentos no
Estado. Já em Goiânia, foram 19.500 admissões e 14.212 desligamentos no mês, o
que representa o saldo de 5.288 empregos.
Os setores que mais empregaram em Goiás foram o de serviços
(6.014), Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3.653) e Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas (3.174).
Brasil
Segundo o Caged, o Brasil abriu 260.353 vagas de emprego com
carteira assinada no mês. Os números são resultado de 1.527.083 admissões e de
1.266.730 desligamentos. O total de empregos com carteira no país somou
39.623.321 em janeiro, o que representa uma variação de 0,66% em relação ao mês
anterior.
“O resultado mostra que o
país continuou com a recuperação econômica após o pico de casos de covid de
2020, que fechou parte das atividades econômicas no país”, avalia o Ministério
da Economia
Os dados também apontam saldo positivo no nível de emprego em
cinco segmentos econômicos em janeiro deste ano. A Indústria (90.431 postos),
Serviços (83.686 postos), Construção (43.498 postos), Agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura, (32.986 postos) foram os setores que
mais cresceram no primeiro mês do ano.
Já em relação a regiões, O Sudeste (105.747) Sul (83.587 postos)
e Centro-Oeste (35.741) foram as regiões que obtiveram o melhor resultado em
geração de empregos no período.
Salários e trabalho intermitente
Os dados divulgados também mostram um crescimento na média
de salários em relação ao mês anterior. Em janeiro, o salário médio de admissão
foi de R$ 1.760,14. Comparando com o mês anterior, houve um aumento real de R$
20,06.
Em 2020, o governo federal ofereceu complementação de renda
a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos
ou sofressem redução de jornada e salários durante pandemia. O programa, chamado
Benefício Emergencial (BEM), acabou em dezembro, porém, o governo anunciou sua
reedição, em novas bases.
Ao todo, 9.849.116 trabalhadores e 1.464.683 empregadores do
país foram beneficiados. Os gastos do governo com programa foram de R$ 33,7
bilhões de reais.
Outra novidade é a modalidade de trabalho intermitente, que
foi adicionado junto a reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer.
Essa modalidade permite a contratação de trabalhadores sem horário fixo,
ganhando pelas horas trabalhadas. Essa modalidade vem ganhando força no país.
Em janeiro, foram 15.600 admissões e 12.517 desligamentos
nesta forma de trabalho. O que representa um saldo positivo de 3.083. Já no
regime de tempo parcial, foram registrados 16.418 desligamentos e 15.808
admissões, resultando num saldo negativo de 610 vagas.
Desemprego
Mesmo com o saldo positivo o desemprego continua em alta no
Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
apontam a média de 13,5% de desempregados no país. As taxas mais elevadas de
desemprego foram registradas no Nordeste e as menores no Sul do país. A Bahia,
com 19,8%, teve a maior taxa de desocupação em 2020, seguida de Alagoas
(18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%). Já Santa Catarina (6,1%),
Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%) tiveram as mais baixas.
Informalidade
A
taxa média de informalidade caiu de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, chegando
a 39,9 milhões de pessoas. Os informais são os trabalhadores sem carteira,
trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, que trabalha por
conta própria e o trabalhador familiar auxiliar.
A
taxa média nacional de informalidade foi superada em 19 estados. Entre eles,
Goiás atingiu 39,1% e o Pará 59,6%. Em sete estados, a taxa foi acima de 50%.
Já São Paulo (29,6%), Distrito Federal (28,2%) e Santa Catarina (26,8%) foram
os que tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.
A
analista da pesquisa Adriana Beringuy, destacou que os informais foram os
primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia. Para ela, a queda da
informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado.
“Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação
ao longo do ano. Com menos trabalhadores informais na composição de ocupados, a
taxa de informalidade diminui”, explicou. (Especial para O Hoje)