“Muito prematuro discutir agora”, diz Fabrício sobre pré-candidatura do Psol à presidência
Após manifestação de uma ala do partido, Glauber Braga anunciou nesta segunda-feira (10) interesse no cargo
Após anúncio da ala do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) do lançamento de um manifesto em favor da pré-candidatura de Glauber Braga para presidente da república, nesta segunda-feira (10/5), a assessoria do deputado confirmou ao Poder360 o interesse em ocupar o cargo. A iniciativa vem recebendo apoio de uma maioria da bancada federal do PSOL e setores da militância do partido.
Com mais de mil assinaturas de congressistas do PSOL, o manifesto em prol da candidatura de Braga, será lançado hoje (5) às 19h. Dentre as assinaturas do documento estão presentes os deputados federais David Miranda (PSOL-RJ), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Luiza Erundina (PSOL-SP), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Vivi Reis (PSOL-PA).
De acordo com Glauber, ainda para o Poder 360, sua pré-candidatura tem 3 pilares: Priorizar o movimento “Fora Bolsonaro” e contra o bolsonarismo; Dialogar com forças do movimento social; Fortalecer a pré-candidatura com radicalidade política, dialogando com o campo de oposição. Ainda, afirmou que sua pré-candidatura não dialogará com os potenciais candidatos a presidente em 2022 Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), João Amoêdo (Novo), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido).
A posição de Glauber em relação às coligações pode representar uma reprodução da ala que manifestou interesse pela sua pré-candidatura. Mesmo tendo citado os partidos com tendências mais conservadoras, o esperado, vindo do discurso de Glauber que se assemelha a ala do PSOL que sempre procurou investir em candidaturas próprias, nem os próprios partidos de esquerda como o PT (Partido dos Trabalhadores) podem ter a oportunidade de diálogo com o deputado.
Apesar de ser lícito no partido o lançamento de candidaturas, a confirmação se o deputado realmente será o candidato da sigla pode acontecer no Congresso Nacional, em setembro.
PSOL em Goiás
De acordo com o policial e militante do PSOL, Fabrício Rosa, ainda é cedo para lançar candidaturas à presidência. “Muito prematuro esse tipo de discussão agora”, afirma. Segundo ele, ainda é preciso amadurecer as discussões nas reuniões partidárias para que depois sejam lançados candidatos. Apesar da análise, Fabrício confirma que o partido não lançará candidaturas com partidos de direita, seja bolsonarista ou clássica.
Sobre as eleições no estado, ele confirma que estará na disputa, mas ainda não sabe o cargo. Até o momento, as outras candidaturas do partido serão próprias, pois, ainda não houve discussões para 2022. Também, não foi realizada nenhuma conversa sobre coligações com o PT e outros partidos de esquerda, mas, a tendência é seguir a linha que já foi construída pela sigla.
João Gabriel Palhares – Especial para O Hoje