PCGO identifica responsáveis por ato pró-tortura na Cidade de Goiás
Os dois homens responsáveis pela manifestação pró-tortura realizada na Cidade de Goiás, no dia 1º de maio foram identificados pela Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Municipal da cidade. Segundo o inquérito, a manifestação associada à características do grupo supracista branco Ku Klux Klan foi organizada por um homem identificado pela PC como D.B.S. […]
Os dois homens responsáveis pela manifestação pró-tortura realizada na Cidade de Goiás, no dia 1º de maio foram identificados pela Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Municipal da cidade. Segundo o inquérito, a manifestação associada à características do grupo supracista branco Ku Klux Klan foi organizada por um homem identificado pela PC como D.B.S. De acordo com os investigadores, D.B.S. é quem confeccionou a faixa com os “Deus perdoe os torturadores” e trajes brancos, além de ter determinado o percurso da manifestação. O outro homem foi identificado pela Polícia como J.O.S., que seria uma pessoa em situação de rua e que estava embriagado na data da foto, segundo aponta a investigação.
À conclusão do inquérito, D.B.S foi indiciado pela prática de apologia a criminosos e incitação ao crime de racismo. De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário “para a adoção das providências cabíveis”
Com o inquérito concluído, D.B.S. foi indiciado pela prática de apologia a criminosos e incitação ao crime de racismo. Segundo a PC, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário “para a adoção das providências cabíveis”.
Entenda o caso
As imagens de um ato realizado na Cidade de Goiás, no início do mês provocaram manifestações de revolta. Nas fotos, duas pessoas com vestes semelhantes às usadas por adeptos ao movimento supracista branco Ku Klux Klan, segurando uma faixa com a frase em destaque “Deus, perdoe os torturadores”, e um cartaz menor abaixo dizendo “Nosso Brasil pertence ao senhor Jesus” e ainda “Direita com Bolsonaro”.
À ocasião, em nota, a Prefeitura Municipal de Goiás afirmou ter sido surpreendida com as manifestações realizadas no dia 1° de maio, em defesa de torturadores e da ditadura militar. “A utilização de um símbolo da tradição religiosa e cultural da Cidade de Goiás, o farricoco da procissão do Fogaréu, para fazer apologia a tortura e a ditadura militar, é não somente uma afronta a sociedade vilaboense e a fé de nosso povo, mas configura crime, previsto no art. 287 do Código Penal”, diz o comunicado.
Segundo a nota, os atos extrapolaram a normalidade democrática, desrespeitando a própria democracia e as nossas instituições. “Celebrar a tortura, em frente ao Convento Dominicano, congregação que teve membros perseguidos e torturados é cruel. Do mesmo modo, fazer alusão a grupos supremacistas e o racismo é atacar os Direitos Humanos conquistados a duras penas no Brasil”, conclui o pronunciamento. (Maiara Dal Bosco, Especial para O Hoje)