Acertou novamente: Love, Death & Robots traz versatilidade nas animações e enredos
Quem é fã de animação precisou esperar por dois anos para a tão aguardada segunda temporada de Love, Death & Robots, uma série da Netflix voltada para animação gráfica idealizada por David Fincher (Mindhunter), Tim Miller (Deadpool), Jennifer Miller e Joshua Donen. Tanto na primeira temporada, quanto na segunda, cada capítulo conta uma nova história […]
Quem é fã de animação precisou esperar por dois anos para a tão aguardada segunda temporada de Love, Death & Robots, uma série da Netflix voltada para animação gráfica idealizada por David Fincher (Mindhunter), Tim Miller (Deadpool), Jennifer Miller e Joshua Donen. Tanto na primeira temporada, quanto na segunda, cada capítulo conta uma nova história usando um dos três temas do título, além de um forma de desenho/computação gráfica diferente e também comandada por equipes e estúdios de animação diferentes.
Na temporada recém lançada, com apenas 8 episódios, dez a menos do que a primeira, a nova leva de produções novamente surpreendeu. São trabalhos impecáveis, ao menos, visualmente falando. Apesar disso, em comparação à temporada anterior, os roteiros, as histórias pareceram mais rasas e menos envolventes.
Dentre as obras, as que mais chamaram atenção certamente são o “Esquadrão de extermínio”, dirigido por Jennifer Yuh Nelson; Snow no deserto, Dominique Boidin, Léon Bérelle, Rémi Kozyra, Maxime Luère; e O gigante afogado, de Tim Miller. A primeira produção traz um futuro onde a humanidade descobriu uma forma de não envelhecer e, aparentemente, para não haver super população, “descendentes não registrados” (ter filhos) se tornou um tipo de crime, portanto, não há crianças. A história acompanha um policial encarregado de fiscalizar o controle da população que começa a ter crises com esta situação.
Em Snow no deserto, também produzida em um ambiente futurista, a história é sobre um homem albino chamado Snow. Imortal, ele possui um organismo que se regenera, e isso faz com que ele seja caçado e enfrente muitos problemas, já que organizações intergalácticas querem descobrir como se tornarem imortais também, precisando pra isso, do seu saco escrotal (sim!). Analisando bem, daria uma boa prequel de Esquadrão de extermínio.
Já O gigante Afogado é uma história muito filosófica e um tanto quanto inusitada, mesmo para os temas levados pela série. Acontece que um corpo humano de cerca de 60 metros de altura, já morto, chega à praia de uma pequena vila de pescadores, atraindo multidões. Nisto, um cientista local documenta a estranha situação e narra a história de forma parnasiana de acordo com que o tempo vai passando, até restarem apenas os ossos do gigante.
As outras cinco obras, apesar de mais simplórias, também não deixam a desejar, ainda levando em consideração o fato citado anteriormente sobre os roteiros. Todas trazem, sim, versatilidade nas histórias, diversão, suspense e tipos de animações que vão de animação 3D por computador, à animações tradicionais, 2D, baseada em vetores e em gráficos de movimentos super realistasc.
Indiferente a isso, Love, Death & Robots, ainda segue sendo uma das séries mais criativas e inovadoras dos últimos anos, principalmente, para os amantes da animação. Por tanto, vale a indicação, e que venham novas temporadas. Confira o trailer da série que tem suas duas temporadas disponíveis na Netflix: