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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
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Dia do abraço terá segundo ano de comemoração com distanciamento social

Pelo segundo ano consecutivo, o Dia Nacional do Abraço será comemorado seguindo as orientações de distanciamento social.

Redaçãopor Redação em 22 de maio de 2021
Dia do abraço terá segundo ano de comemoração com distanciamento social
Pelo segundo ano consecutivo

Mais de um ano após o início da pandemia, os brasileiros vão passar mais um Dia do Abraço, celebrado neste sábado (22/05), distantes de quem amam por conta do distanciamento social para evitar a disseminação da Covid-19. Enquanto a maior parte da população brasileira ainda não está vacinada, as medidas sanitárias devem ser seguidas, inclusive evitando-se os abraços.

De acordo com a psicóloga Daniela Dias Barros Schmidt, que atende no Órion Complex, em Goiânia, o abraço é um importante meio de fazer vínculos com familiares e amigos, algo que, desde a infância, se faz necessário para a convivência humana. “O abraço, assim como o contato físico, é uma demonstração de sensibilidade e carinho, que traz um sentimento de pertencimento. Como estamos em um momento de isolamento social, passamos a sofrer algumas consequências que podem resultar em doenças”, destaca a psicóloga.

Segundo Schmidt, a falta de contato físico pode provocar aumento de casos de depressão e ansiedade. De acordo com pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), levando em consideração 11 países, o Brasil é o país com o maior número de casos de ansiedade (63%) e de depressão (59%). A pesquisa foi feita com cerca de 1.500 pessoas e também contou com a participação de Irlanda, Bulgária, China, Cingapura, Espanha, Estados Unidos, Índia, Macedônia, Malásia e Turquia.

“Com as restrições, as pessoas passaram a ter menos contato com seus amigos e familiares e houve uma redução de atrações de lazer e entretenimento. A vida vai ficando mais entediante porque perdemos justamente esse sentido do contato. O humor vai sendo deprimido, mas temos que lembrar que é algo passageiro e ter resiliência para passar por esse momento”, detalha a psicóloga. 

Entre as alternativas para superar esse momento de dificuldade e distanciamento, Schmidt destaca que é imprescindível manter diálogo virtual com pessoas do nosso ciclo social e de trabalho. “Também é fundamental encontrar maneiras de fazer com que a vida tenha sentido e fazer coisas que gostamos durante o nosso dia a dia, como ver filmes, caminhar, fazer atividades físicas em parques ou até mesmo em casa. Isso é importante porque mobiliza a nossa energia interna para que a vida continue”, orienta a psicóloga. “Já pessoas que têm predisposição a ter quadros mais graves, como ansiedade e depressão, é necessário buscar um psicólogo e, se necessário, um psiquiatra”, completa.

Abraço ainda deve ser evitado

Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19 em grupos de risco, a orientação é de que o contato físico seja evitado e o distanciamento social continue sendo seguido como um instrumento para conter a disseminação do vírus. Segundo a infectologista Juliana Barreto, a volta do contato físico só deve ser pensada quando cerca de 70% da população estiver imunizada. 

“Este ainda não é momento de se pensar em abraço porque ainda não temos uma grande parcela da população vacinada”, destaca a infectologista, também ressaltando que a orientação serve para a manutenção de outras medidas para diminuir a propagação do vírus, como o uso das máscaras. (Especial para O Hoje)

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