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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Covid-19

Variante indiana pode causar novas restrições em Goiânia

Goiânia tem uma média diária de 50 novos casos | Foto: Reprodução

Postado em 26 de maio de 2021 por Daniell Alves
Variante indiana pode causar novas restrições em Goiânia
Goiânia tem uma média diária de 50 novos casos | Foto: Reprodução

A Prefeitura de Goiânia não descarta novo endurecimento das medidas restritivas na Capital após a variante indiana da Covid-19 ser identificada. A informação foi anunciada pelo prefeito Rogério Cruz. A variante já foi detectada em pelo menos três estados do País. Em Goiânia já foram mais de 156 mil casos confirmados da doença.

“Estamos analisando o momento, sabemos a importância de cuidarmos da saúde da população. Caso seja necessário, faremos novas restrições”, diz Rogério. Isto porque a Capital apresenta uma tendência de aumento de casos de Covid-19 e internações provocadas por complicações da doença. A média de novos casos diários é de 50, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Para o secretário de Goiânia, Durval Pedroso, a falta de cumprimentos de protocolos sanitários colaborou para aumento na taxa de transmissão da doença. “Temos observado que existe uma certa tendência de não mais estabilização. Nós tivemos uma tendência de queda, uma tendência que se perpetuou da estabilização, e agora começamos a observar um aumento do R, aquela contaminação no tempo, temos a avaliação da semana passada, faremos a avaliação desta semana para sempre poder levar as informações mais precisas do prefeito e sua equipe para tomada de decisão”, explica ele.

Preocupante

A variante indiana é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como preocupante. Chamada de B.1.617, foi identificada no Brasil pela primeira vez na semana passada, em seis tripulantes do navio Xhandong da Zhi, ancorado na costa maranhense. Os casos foram descobertos antes mesmo que se apresentassem sintomas.

Após isso, 23 pessoas foram colocadas em quarentena e um indiano está intubado. O governo estadual do Maranhão, Ceará e Pará – terceiro estado a apresentar a presença da cepa – investigam os casos.

Possível 3ª onda

Com uma nova variante, a possibilidade de uma 3ª onda da Covid-19 ocorrer aumenta, conforme aponta a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim. “Isso é um fato. A nova variante pode provocar uma terceira onda, assim como vimos com a variante P1 de Manaus, cuja a mutação aconteceu aqui mesmo. A melhor maneira de se evitar isso é vacinar o maior número de pessoas. Estudos mostram que com 70% a 80% de pessoas vacinadas você já consegue um impacto na transmissão da doença. Até que a vacina não chegue são as mesmas medidas de segurança: máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações”, ressalta.

Contudo, ela alerta que é impossível controlar a entrada de variantes em Goiás. “Só se transformar Goiás em uma ilha e sem possibilidade de entrada e saída de pessoas de outros lugares. Variantes acontecem dentro do nosso próprio país, vide a variante de Manaus, que foi produzida dentro do nosso país”, reforçou.

No Estado, há 449.843 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 276.143 casos. Já foram registrados 16.611 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,79%. Além disso, há cerca de 300 óbitos suspeitos que estão em investigação.

Queda sustentada

Embora os casos estejam com tendência de crescimento, a vacinação tem promovido uma queda sustentada em Goiás nos indicadores da pandemia, com o número de internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em redução há mais de 40 dias. “A aplicação das vacinas avançou e temos números sensíveis que mostram diminuição das internações das pessoas idosas e dos trabalhadores da saúde”, frisa o secretário de Estado da Saúde Goiás, Ismael Alexandrino.

Mesmo com o alívio de ver o mapa de risco de Goiás caminhando para uma situação melhor, ele frisa que é importante que a população mantenha todos os cuidados, como os hábitos de higiene e distanciamento social. “Não podemos pensar que a pandemia acabou”, alerta. (Especial para O Hoje)

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