Importância da imunização: pandemia reforça necessidade de estudos para novas vacinas
Os efeitos da pandemia de Covid-19 têm gerado expectativas em torno de soluções rápidas capazes de garantir o retorno à normalidade através da imunização global
O mundo inteiro assistiu a corrida contra a Covid-19 em diversas áreas, desde o tratamento da doença em UTIs até os laboratórios farmacêuticos que produziram vacinas contra o vírus. Nesse cenário, a pesquisa científica foi central ao conduzir a humanidade para uma saída mais rápida e segura da crise sanitária. E, atualmente, tem mostrado sua relevância para todas as sociedades.
Hoje, países ao redor do mundo têm imunizado suas populações contra a Covid-19 com as diferentes vacinas já produzidas, que são seguras e efetivas na proteção. “A atividade dos pesquisadores em produzi-las foi essencial diante da gravidade da pandemia”, frisa o Dr. Sérgio Zanetta, médico sanitarista e professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo.
Para a humanidade a ciência é fundamental, por exemplo, para o desenvolvimento de medicamentos para curar doenças e das vacinas para evitar doenças transmissíveis. Essas são conquistas do empenho de pesquisadores, como os antirretrovirais para tratar o HIV e a vacina para prevenção da hepatite B, entre outras doenças infecciosas causadas por vírus e bactérias que podem causar morte ou sequelas graves em pessoas não vacinadas.
Existem vacinas a serem tomadas durante todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e mulheres grávidas). No Brasil, o calendário de vacinação pode ser consultado por meio deste infográfico produzido pelo Ministério da Saúde.
Desenvolvimento de vacinas
As vacinas são criadas a partir dos vírus ou bactérias que provocam uma doença específica ao infectar uma pessoa não imunizada. O conteúdo delas pode ter partículas da estrutura de um desses microrganismos, ou conter esses agentes vivos atenuados (enfraquecidos no seu potencial de adoecer um humano). Assim, a imunidade da pessoa vacinada é estimulada a produzir anticorpos, que a protegerão caso ela seja infectada por aquele vírus ou bactéria específicos em algum momento de sua vida.
A vacina contra Alzheimer está sendo desenvolvida pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e pela Universidade de Flinders, na Austrália, e deve ser testada em humanos até 2022. A novidade foi publicada no portal Alzheimer ‘s Research & Therapy após os testes em ratos serem bem-sucedidos. O principal objetivo dos pesquisadores é que o imunizante sirva de prevenção à doença.
A busca por uma vacina contra o HIV começou logo depois que os cientistas isolaram o vírus e confirmaram que ele era responsável por causar a aids, em 1984. Desde então, a busca científica está na terceira onda de pesquisas contra esse vírus devastador.
A manutenção do esquema vacinal em dia, utilizando todas as doses e reforços indicados e as novas vacinas que surgem é uma forma de manter a proteção de todas as pessoas, independente da idade, do gênero e da profissão.