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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Covid-19

Ocupação de leitos em UTIs de Aparecida aumenta quase 25%

Em 48 horas foram confirmados 146 casos na cidade

Postado em 2 de junho de 2021 por Daniell Alves
Ocupação de leitos em UTIs de Aparecida aumenta quase 25%
Em 48 horas foram confirmados 146 casos na cidade | Foto: Reprodução

Assim como tem ocorrido em outros municípios do Estado, Aparecida de Goiânia registrou aumento na taxa de ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em menos de duas semanas, a alta foi de 24%. Em 19 de maio, a taxa girava em torno de 35% e atualmente está em 59%, de acordo com o boletim epidemiológico da Covid-19 divulgado pela prefeitura.

No momento, Aparecida possui 905 casos ativos, que estão hospitalizados ou monitorados pela Telemedicina, oxímetros e exames. De 66.506 casos confirmados, 64.325 estão recuperados e 1.276 vieram a óbito por Covid-19, com três confirmados nas últimas 24 horas.

A Secretaria de Saúde de Aparecida informa que nas últimas 48 horas foram confirmados 146 novos casos na cidade. Após o resultado positivo os pacientes passam a ser monitorados pela equipe da Central de Telemedicina, sendo que os mais vulneráveis ao vírus realizam, a cada 48h, uma bateria de exames laboratoriais para análise da evolução da doença, evitando assim o risco de agravamento rápido e óbito.

O secretário municipal de saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, explicou, no último dia 24, que as estimativas para a cidade apontavam para uma possível terceira onda de Covid-19 no início do mês de julho.

Naquele momento, o município apresentava quedas na taxa de ocupação dos leitos públicos exclusivos para o tratamento da Covid-19. No período compreendido entre 8 e 14 de maio, a redução foi de 32%. Na semana seguinte, houve nova diminuição, de 13%.

Em alta

Além disso, Aparecida tem registrado crescimento na média diária de novos casos de Covid-19. A partir do dia 26 de maio, a variação se manteve superior a 15%, o que representa uma tendência de novos infectados no município. No dia anterior, a curva apresentava tendência de estabilidade. Contudo, os números epidemiológicos apresentam piora em várias regiões de Goiás.

Em live nas redes sociais, o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, demonstrou preocupação com o aumento de casos e de uma possível 3ª onda da Covid-19 no município. Ele garantiu que continuará no isolamento social por escalonamento regional.

Detecção precoce

Embora a taxa de ocupação e novos casos estejam em alta, a prefeitura afirma ter a maior estratégia municipal de sequenciamento genômico no Brasil. Ação de Aparecida, que já fez 81% dos sequenciamentos genômicos realizados em Goiás, visa identificar precocemente as variantes para aprimorar as medidas de enfrentamento à pandemia e salvar vidas.

Até o momento, o município já executou 656 sequenciamentos, técnica que permite identificar a informação genética contida nas amostras dos exames RT-PCR realizados maciçamente na cidade. “Com essa iniciativa, estamos aptos a identificar precocemente as variantes do novo coronavírus que circulam em Aparecida, inclusive a indiana, muito temida atualmente. Assim, podemos realizar rapidamente medidas específicas para proteger a população”, afirma o prefeito Gustavo Mendanha.  

O secretário Alessandro informa que em Aparecida já foram feitos 279.589 testes RT-PCR para detecção da Covid-19, exame considerado internacionalmente como padrão ouro para esse tipo de diagnóstico, e acrescenta: “Os testes já realizados correspondem a mais de 45% da população de Aparecida (590.146 habitantes, segundo o IBGE).

Ele aponta que as medidas têm contribuído decisivamente para salvar vidas, reduzir agravamentos de casos positivos, respaldar as decisões do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 e monitorar a situação real da pandemia no município, “que é referência não apenas em testagem ampla, mas também em monitoramento dos infectados. O sequenciamento genômico é mais uma estratégia para aprimorar o enfrentamento à pandemia e salvar vidas”.

Monitoramento essencial

A virologista e pesquisadora Paola Cristina Resende, que trabalha na rede de sequenciamento genômico da Fiocruz e do Ministério da Saúde, salienta que o coronavírus evolui de forma mais rápida e com alterações genéticas que permitem essa evolução. “É extremamente importante monitorar isso para que entendamos o que está circulando no País e identifiquemos algumas linhagens ou variantes que poderiam estar escapando da nossa resposta imune, ganhando alguma vantagem evolutiva e se dispersando mais facilmente pela população”. (Especial para O Hoje)

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