Com o objetivo de tornar Goiânia ainda mais arborizada,  a semana do meio ambiente foi iniciada com o projeto Disque-Árvore, porém foi motivo de críticas de especialista. A iniciativa, inédita, consiste na entrega domiciliar e gratuita de mudas nativas do Cerrado para serem plantadas em calçadas e residências da Capital.

Doutor em antropologia e geologia, Altair Sales explicou que não concorda com essa iniciativa do projeto, pois “o ato simbólico é benéfico mas a execução deve ser estudada e muito bem elaborada, estamos em um período de seca, árvores não devem ser plantadas agora, sem contar que os lugares de plantio precisam ser verificados. Todos os dias árvores são cortadas em Goiânia, devido a falta de planejamento”. 

“As árvores que crescem muito trazem transtorno com suas copas, os galhos podem causar diversos danos, por isso não concordo com o planejamento do projeto. Apesar de ser um gesto bom, é um gesto sem conhecimento, principalmente no cerrado brasileiro”, completou. 

A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) informou que o projeto é uma política pública de incremento à arborização da cidade, com o objetivo de ampliar a cobertura vegetal do município. Por isso, o programa será mantido ao longo de todo o ano e não apenas no período de seca. 

Eles ainda explicaram que o projeto foi elaborado por biólogos e botânicos da Amma e o lançamento da iniciativa levou em conta também o melhor período para envolvimento e adesão da população. Por isso, justificaram que o plantio das mudas é feito com o acompanhamento de técnicos da agência, que orientam os moradores tanto em relação à necessidade de irrigação e cuidados com cada espécie, quanto a escolha do exemplar adequado para as características de cada espaço, como largura da calçada e presença de fiação elétrica, por exemplo.