Balança comercial tem melhor resultado em maio
País exportou US$ 9,29 bilhões a mais do que importou
Beneficiada pelo início da safra e pela alta das commodities, a balança comercial registrou o melhor saldo da história para meses de maio, desde o início da série histórica, em 1989. No mês passado, o país exportou US$ 9,291 bilhões a mais do que importou.
O saldo é 35,9% maior que em maio de 2020. No último mês, as exportações somaram US$ 26,948 bilhões, alta de 46,5% sobre maio de 2020 pelo critério da média diária. As exportações bateram recorde histórico para todos os meses desde o início da série histórica, em 1989. As importações totalizaram US$ 17,657 bilhões, alta de 57,4% na mesma comparação.
Além da alta no preço das commodities, as exportações também subiram por causa da base de comparação. Em maio de 2020, no início da pandemia de covid-19, as exportações tinham caído por causa das medidas de restrição social. O volume de mercadorias embarcadas, segundo o Ministério da Economia, aumentou 9%, enquanto os preços subiram, em média, 38,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Com o resultado de maio, a balança comercial acumula superávit de US$ 27,529 bilhões nos cinco primeiros meses do ano. O resultado é 74,3% maior que o dos mesmos meses de 2020, também pelo critério da média diária, e também é o maior da série histórica para o período.
Setores
Em maio, todos os setores registraram crescimento nas vendas para o exterior. Com o início da safra de grãos, as exportações agropecuárias subiram 43,4% em relação a maio do ano passado. Os principais destaques foram frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+41,2%), soja (+48,8%) e algodão bruto (+82,5%).
Beneficiada pela valorização de minérios, as exportações da indústria extrativa aumentaram 85,8%, com destaque para minério de ferro e seus concentrados (+143,8%), minérios de alumínio e seus concentrados (+40,4%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+46,4%). As vendas da indústria de transformação subiram 34,6%, impulsionada por combustíveis (+142,9%), produtos semiacabados de ferro ou aço (+91,4%) e veículos automóveis de passageiros (+1.084,8%).
Do lado das importações, as compras do exterior da agropecuária subiram 36,8% em maio na comparação com maio do ano passado. A indústria extrativa registrou alta de 107,5% e a indústria de transformação teve crescimento de 56,5%. Os principais destaque foram soja (+325,4%), óleos brutos de petróleo (+504,3%); combustíveis (+213%) e partes e acessórios de veículos automotivos (+118,8%).
Em abril, o governo elevou para US$ 89,4 bilhões a previsão de superávit da balança comercial neste ano, o que garantiria resultado recorde. A estimativa já considera a nova metodologia de cálculo da balança comercial. As projeções estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 68 bilhões neste ano.
Investimentos
Cerca de R$ 85,3 milhões em recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) foram aprovados em maio para financiamentos na modalidade rural em Goiás.
A maior parte dos recursos é destinada à aquisição de máquinas e implementos (R$ 63 milhões). Os recursos também devem financiar matrizes (R$ 13 milhões), investimentos em pastagens (R$ 4 milhões) e benfeitorias (R$ 3 milhões). Também devem contemplar itens de irrigação, armazenamento e reprodutores.
As atividades contempladas incluem financiamentos para as culturas de soja e milho, bovinocultura, feijão e pastagem. Os cinco municípios com mais cartas contempladas nesta reunião foram Rio Verde, Jataí, Caiapônia, Goiatuba e Joviânia.
O superintendente de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Donalvam Maia, que participou da reunião representando a Seapa, afirmou que o montante aprovado deve contribuir para a geração de emprego e renda no Estado. “O Governo de Goiás está atento às demandas dos municípios por investimentos no setor agropecuário que têm feito a diferença na geração de renda para o produtor e, consequentemente, movimentado a economia regional”, avalia.
Conforme avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, a aprovação dos investimentos também tem contribuído para a economia dos municípios e de Goiás, como um todo. “No caso do FCO, há uma atenção especial em contemplar propostas das diferentes regiões, o que mostra o compromisso com a orientação do governador em levar recursos a todas as partes do Estado.” (Especial para O Hoje)