Sweet Tooth, da Netflix, é uma fantasia perfeita para tempos de pandemia
Na história, acompanhamos Gus, um menino com chifres e orelhas de cervo que foi criado pelo pai protegido do mundo, em uma floresta.
A nova série da Netflix Sweet Tooth, lançada no início deste mês de junho, faz o apocalipse parecer mais fofo do que assustador. Produzida por Jim Mickle, ela se baseia nos quadrinhos homônimos, escritos por Jeff Lemire. Mesmo seguindo os rumos da HQ, a produção suaviza o tom sombrio, e o que continua sendo uma distopia nebulosa fica marcada por personagens cativantes e momentos de inocência.
Na história, acompanhamos Gus, um menino com chifres e orelhas de cervo que foi criado pelo pai protegido do mundo, em uma floresta da qual ele jamais poderia sair. As circunstâncias (e o roteiro) exigem que Gus explore o que restou da civilização, e acabe encontrando alguns companheiros pelo caminho.
Para quem já se cansou da temática de pandemia, Sweet Tooth pode parecer mais do mesmo – o mesmo sendo, além de produções com o tema, a experiência que nós, espectadores, já adquirimos durante o contágio de Covid-19. O que a série representa, porém, é esperança, algo de que o público permanece faminto.
Quando a televisão se parece tanto com o mundo real, é reconfortante que a imagem traga não apenas a ideia de uma cura, mas de que é possível que se viva momentos de diversão e doçura em meio ao caos. Nada é facilmente resolvível e o sofrimento é inevitável, mas Gus nos guia entre as incertezas para que possa chegar ao que realmente lhe importa.
O cenário é de uma sociedade doente e abandonada, mas abarrotada de paisagens naturais da Nova Zelândia, onde a série foi gravada. “Nós queríamos ter certeza de que a humanidade não fosse mostrada com um pressentimento tão obscuro”, contou produtora executiva, Amanda Burrell.
A produção conta com Christian Convery como o protagonista Gus, além de Nonso Anozie como Tommy Jepperd – que conhecemos mais como “Grandão” -, Stefania LaVie Owen como Ursa e Will Forte como pai do menino-cervo.