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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Golpe

Negócios lucrativos: diploma escolar é negociado livremente pelo WhatsApp

Como prova para ingressar no ensino superior, em um concurso público ou até mesmo se conseguir uma colocação no mercado de trabalho, o diploma de conclusão dos estudos primários é indispensável para qualquer indivíduo. O documento é o atestado de que a pessoa frequentou determinada instituição, passou por provas e está apta para desempenhar determinada […]

Postado em 27 de junho de 2021 por Redação
Negócios lucrativos: diploma escolar é negociado livremente pelo WhatsApp
Secretaria da Educação de Goiás informa que é impossível a emissão de certificados por colégios sem um histórico do aluno e alerta que comprar documentos fraudados é crime | Foto: arquivo pessoal

Como prova para ingressar no ensino superior, em um concurso público ou até mesmo se conseguir uma colocação no mercado de trabalho, o diploma de conclusão dos estudos primários é indispensável para qualquer indivíduo. O documento é o atestado de que a pessoa frequentou determinada instituição, passou por provas e está apta para desempenhar determinada atividade profissional.

Mas e quando a pessoa, por situações adversas, não passou ou não concluiu esse processo e se depara com um anúncio no WhatsApp de que ela pode comprar diplomas do ensino fundamental e médio emitidos por um colégio estadual em Goiás, recebendo o documento via Correios?

Pois é, há vários anúncios nas redes sociais com promessas de facilitar a certificação de conclusão de estudos, sem fazer no mínimo provas. “Meus documentos são autênticos feitos dentro da instituição com dois dias seu nome sai no Diário Oficial do Estado, podendo então ser consultado no sistema do MEC, você me envia aqui a foto dos documentos que preciso, mandar produzir de um dia pro outro fica pronto, marcamos a entrega pagamento somente na entrega em Goiânia, para o interior quando ficar pronto envio a foto você faz o depósito e eu envio por Sedex [sic]”, explica o contato, que aparece no perfil do WhatsApp, com uma foto de uma família, para dar credibilidade ao “negócio”.

No entanto, o que pode parecer fácil pode gerar uma tremenda dor de cabeça para quem opta pela fraude. A superintendente da Secretaria de Educação de Goiás (Seduc), Patrícia Coutinho, explica que isso indica se tratar de um golpe, devido não haver a possibilidade de emissão de um diploma na rede pública de ensino sem passar por uma rigorosa checagem, envolvendo vários setores do órgão e pessoas.     

“Se o aluno existe, todo o registro escolar dele consta nos arquivos, que são verificados, para a emissão de uma declaração. São averiguados livros, diários de presenças, históricos escolares. É feito uma checagem nos mínimos detalhes”, assegura a superintendente, em entrevista ao O Hoje. Ela acrescenta que o procedimento de checagem é realizado mesmo nas escolas inativadas, pois toda a documentação é arquivada, e, quando necessário, recebe a visita da inspetoria da própria coordenação da Seduc.

Crime

Segundo Patrícia, as checagens também são realizadas quando uma declaração de ensino é entregue em uma instituição superior ou quando a pessoa vai tomar posse em um concurso público. Ela alerta que se o documento não for autêntico, havendo falsificação de assinaturas dos servidores públicos, a pessoa que adquiriu o documento fraudulento também responde criminalmente.

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