“CPF Cancelado”, diz Bolsonaro sobre morte de Lázaro
Expressão ficou conhecida após ser utilizada por apresentador bolsonarista; Lázaro foi morto em troca de tiros com a polícia em Águas Lindas de Goiás.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), usou o Twitter para comentar a morte de Lázaro Barbosa, que morreu na manhã desta segunda-feira (28/06), durante operação policial em Águas Lindas de Goiás, região do Entorno do Distrito Federal.
Na publicação, o presidente utiliza a expressão “CPF cancelado”, que ficou conhecida após ser utilizada repetidamente pelo apresentador bolsonarista Sikeira Junior, ao comemorar mortes de criminosos.
Em outra postagem, Bolsonaro parabenizou as forças de segurança empenhadas por mais de 20 dias na captura de Lázaro. “Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lazaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance”, diz a publicação do presidente.
Segundo as forças de segurança do Estado, Lázaro Barbosa entrou em confronto com a Polícia em Águas Lindas de Goiás, onde foi baleado e morto. Lázaro era suspeito de ter cometido uma chacina em Ceilândia, no Distrito Federal.
O suspeito fugiu do cerco da Polícia por 20 dias. Usando a mata como reduto, Lázaro se escondia em chácaras e rios da região de Cocalzinho de Goiás.
Durante a fuga, segundo a polícia, Barbosa cometeu uma série de novos crimes, baleando moradores de uma chácara, fazendo reféns em outra além de roubar carros e armas. Barbosa também trocou tiros com um funcionário de uma fazenda e com policiais.
Cerca de 270 policiais estaduais de Goiás e do DF, e as polícias Federal e Rodoviária Federal foram mobilizados em uma megaoperação para capturar o suspeito. As equipes utilizavam helicópteros e drones com sensores de movimento. Porém, a captura só veio após a prisão de um dono e um funcionário de uma fazenda, que são acusados de ajudar Lázaro em sua fuga.
Além do quádruplo latrocínio, roubo seguido de morte, em Ceilândia, é atribuída a Lázaro uma tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir uma chácara em Goiás para roubar e atingir um idoso com um machado.
Ele responde também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, o que causou sua prisão em 2013 no Distrito Federal. Após três anos preso, Lázaro progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele não retornou ao sistema após uma saída temporária.