Em Goiânia, Prefeitura publica decreto que manda “sommelier de vacina” para o final da fila
Na manhã desta quinta-feira (15/7), a prefeitura de Goiânia publicou no Diário Oficial do Município, decreto de número 3.605 que estabelece normas sobre a recusa de vacinas contra a Covid-19. Mandar para o fim da fila quem não aceitar a receber o imunizante que estiver nos postos de vacinação da capital é a principal medida […]
Na manhã desta quinta-feira (15/7), a prefeitura de Goiânia publicou no Diário Oficial do Município, decreto de número 3.605 que estabelece normas sobre a recusa de vacinas contra a Covid-19. Mandar para o fim da fila quem não aceitar a receber o imunizante que estiver nos postos de vacinação da capital é a principal medida a ser tomada a partir de hoje pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), após assinatura de um termo de opção de recusa.
“O nosso objetivo é inibir a prática dos chamados ‘sommeliers de vacina’, que são os querem escolher a marca do imunizante a ser aplicado contra a Covid-19”, explica o secretário de Saúde, Durval Pedroso, acrescentando que nos dois dias que a pasta realizou drive-thru no shopping Passeio das Águas, 361 pessoas recusaram a vacina disponível em virtude do laboratório fabricante. “Essas pessoas pegaram a fila, receberam a senha e não aceitaram se vacinar”, conta.
Conforme o documento, “aqueles que comparecerem aos locais de vacinação contra a Covid-19 e optarem por não receber a aplicação do imunizante que esteja sendo ofertado estarão condicionados, automaticamente, a aguardar o cumprimento de todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI) e a finalização de todos os grupos etários para que seu nome seja aceito em nova triagem e, consequentemente, sejam vacinados”, estabelece.
A recusa, de acordo com o decreto que também foi debatido com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), será documentada por um termo que já está disponível em todos os postos de vacinação de Goiânia e deverá ser assinado pela pessoa ou, se esta se negar, por duas testemunhas no local.
Para a secretária executiva da SMS, Luana Ribeiro, essa prática não será mais aceita e a população precisa se atentar para o momento que vive o país e que recusar a dose do imunizante por conta do fabricante é, segundo ela, uma ação de irresponsabilidade. “A pessoa ao recusar a dose disponível tira o direito de outro tomar a vacina nesse momento tão importante”. Ela acrescenta que todas as vacinas disponíveis têm eficácia comprovada, certificação dos órgãos sanitários e o mais importante é que a cobertura vacinal seja atingida.