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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Terceirização

Iniciativa privada irá auxiliar na imunização em Goiânia

Paço relançou o edital que prevê a contratação de pessoas para aplicar 1 milhão de doses em Goiânia

Postado em 15 de julho de 2021 por Daniell Alves
Iniciativa privada irá auxiliar na imunização em Goiânia
Paço relançou o edital que prevê a contratação de pessoas para aplicar 1 milhão de doses em Goiânia | Foto: Reprodução

Após relançar edital para terceirizar aplicação de 1 milhão de vacinas contra a Covid-19 na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o processo ainda está em andamento e que, na verdade, é um complemento caso o município receba uma grande demanda de doses. A pasta reforça que as equipes e unidades de saúde continuarão vacinando normalmente e só lançará mão da empresa caso seja necessário. 

Isto tudo dependerá da distribuição das vacinas pelo Ministério da Saúde (MS). Quem vencer o processo de seleção também deverá fornecer todos os insumos necessários, montar a estrutura de tecnologia e informação necessária para registrar a aplicação do imunizante. Além da administração das doses, a empresa que ganhar deve montar 17 postos de vacinação na capital. O objetivo é diminuir as longas filas e evitar aglomerações.

Em maio deste ano, a prefeitura havia lançado outro edital deste mesmo processo, mas acabou suspendendo uma semana depois. Uma empresa questionou um dos itens descritos no edital, que teria limitado a concorrência, segundo informou a empresa ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). O órgão, então, determinou a mudança nos itens. 

A entidade reclamava da exigência das empresas participantes apresentarem um documento fornecido por pessoas jurídicas do setor público ou privado atestando que a concorrente aplicou cerca de 500 mil doses em serviços anteriores. O sindicato que representa os servidores municipais de saúde também foi contra o edital e alegava que a pasta tem capacidade para prestar o serviço sem a necessidade de terceirização. 

Motivo

O Paço apontou, à época, que tinha aberto o pregão eletrônico motivado pela alta demanda de vacinação na Capital e que as equipes estão trabalhando no “limite de recursos humanos disponíveis para a vacinação, e se deparando com a dificuldade de esgotamento das forças de trabalhos dos profissionais capacitados e a aquisição em tempo oportuno de materiais e insumos para vacinação”. A reportagem perguntou se havia outro motivo, mas a pasta não respondeu. 

Imunização 

Goiânia já vacinou cerca de 830 mil pessoas contra Covid-19. A imunização segue normalmente para pessoas de 39 anos ou mais. No site da Prefeitura, há um novo canal para agendamento. Além do aplicativo Prefeitura 24 horas, pré-cadastros e agendamentos podem ser realizados também pelo portal goiania.go.gov.br. 

Para utilizar o serviço de agendamento via web, a pessoa deve acessar o link disponível na página inicial do Portal da Prefeitura, inserir o CPF e a mesma senha usada para acessar o aplicativo Prefeitura 24 horas. 

Testagem ampliada 

A Prefeitura de Goiânia realiza hoje (15) a testagem ampliada de antígeno da Covid-19. A ação da SMS será realizada em seis escolas municipais.  Essa será a 44ª Semana de Testagem Ampliada da População em Goiânia desde agosto de 2020 com objetivo de promover o isolamento social de casos assintomáticos e, com isso, quebrar a cadeia de transmissão da doença.

Podem realizar o teste pessoas acima de 12 anos de idade e o resultado fica pronto em cerca de 20 minutos. O procedimento é feito por meio da coleta do material no nariz, utilizando o swab, uma espécie de haste flexível.

De acordo com a secretaria, a procura por vacinas está mais intensa nos postos drive-thru. A recomendação é para que as pessoas deem preferência, se possível, aos pontos de atendimento localizados nos postos de saúde espalhados pelos bairros. Eles estão mais vazios e registram menos filas.

Aparecida também pode punir quem escolher vacina 

Assim como aconteceu na Capital, Aparecida de Goiânia também pode punir aqueles que se recusaram a tomar vacina contra a Covid-19 por conta da marca do imunizante. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município já estuda medidas para combater os chamados “sommeliers”, apelido dado para pessoas que tentam escolher qual imunizante será aplicado. 

Até o momento, apenas dois casos de recusa de vacina foram registrados em Aparecida, de acordo com a SMS. Durante o ocorrido, os profissionais de saúde que trabalhavam nos dois locais informaram sobre a impossibilidade de escolha e orientaram os pacientes sobre a importância da imunização contra a infecção.

Depois de serem orientados, estes dois pacientes que tentaram recusar e escolher imunizantes na fila de vacinação aceitaram a dose do laboratório fabricante disponível no momento da aplicação. Segundo a coordenadora de imunização da cidade, Renata Cordeiro, ressalta que todos os laboratórios aprovados pela Anvisa possuem altos níveis de proteção individual e coletiva.

“Estes profissionais reforçam, sempre que necessário, que todos os laboratórios são certificados pela Anvisa e conferem altos níveis de proteção contra complicações e óbitos por Covid”, informou ela.

Capital

Em Goiânia, somente no drive-thru do shopping Passeio das Águas no último dia 13, 346 pessoas recusaram a vacina disponível em virtude do laboratório fabricante. “Das 2 mil doses que foram disponibilizadas para o ponto de vacinação, 17,3% das pessoas que pegaram a fila e receberam a senha se recusaram a se imunizar por conta do tipo da vacina”, informou Luana Ribeiro, da SMS. 

Agora, as pessoas que recusarem a vacina por causa da marca serão penalizadas com o envio para o final da fila, isto é, quando todos os goianienses com mais de 18 anos estiverem vacinados. O prefeito Rogério Cruz reforça que todas as vacinas disponíveis no Brasil tiveram sua eficácia atestadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e entende que, enquanto o poder público se esforça para garantir a imunização à população, cabe aos cidadãos, que tanto esperaram a resposta da ciência, darem suas cotas de participação para vencermos esta grave crise sanitária. 

Luana Ribeiro ressalta que a população precisa se atentar para o momento que vive o país e que recusar a dose do imunizante por conta do fabricante é, segundo ela, uma ação irresponsabilidade. “A pessoa ao recusar a dose disponível tira o direito de outro tomar a vacina nesse momento tão importante”. Ela acrescenta que todas as vacinas disponíveis têm eficácia comprovada, certificação dos órgãos sanitários e o mais importante é que a cobertura vacinal seja atingida. (Especial para O Hoje).

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