Primeiro-ministro do Haiti é apontado como possível mandante do assassinato do presidente
O mandatário do país foi morto no último dia 7, em sua residência oficial em Porto Príncipe.
O primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, é considerado um possível mandante do assassinato do presidente Jovenel Moïse. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (14/07) pelo canal de notícias Caracol, da Colômbia. O mandatário do país foi morto no último dia 7, em sua residência oficial em Porto Príncipe.
De acordo com o noticiário, mais de 20 ex-militares colombianos estariam envolvidos no assassinato do presidente, com 18 presos e três mortos. A hipótese, que está sendo investigada pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos, é de que o crime tenha sido planejando durante meses para que Joseph alcançasse o posto.
Ao jornal El Tiempo, um investigador do FBI teria dito que esse tipo de crime só seria possível de ser posto em prática com a conivência de “altos funcionários do governo”. Um substituto para o cargo de Joseph teria sido apontado um dia antes do homicídio, mas não chegou a ser empossado.
Ainda segundo a emissora Caracol, o planejamento teria tido início em novembro de 2020, com auxílio do médico Christian Emmanuel Sanon, preso no domingo (11) e do ex-senador John Joel Joseph, atualmente foragido da Justiça. O objetivo original, desenvolvido na sede de uma empresa de segurança em Miami, seria sequestrar o presidente para que o primeiro-ministro assumisse o poder. Josepeh teria decidido pelo assassinato pouco antes da data.
Até 200 militares aposentados teriam sido abordados até chegarem ao grupo que executou Moïse. O canal colombiano rastreou contas bancárias de empresas de segurança colombianas, uma delas apresentando movimentações atípicas de quase 700 milhões de pesos (R$ 934 mil) nos meses anteriores ao assassinato.