Como forma de conscientização da população local para a proteção da fauna e flora, o artista plástico Cristiano Freitas lançou o projeto “Seres do Shangrylá”. Inspirado na historiografia da mata e seguindo com recortes sobre suas cores e formas, a ação desenvolveu três muros no bairro Shangry-lá, localizado na zona norte de Goiânia.

Além da conexão com a mata, o artista plástico buscou trazer um pouco sobre as raízes e histórias que são passadas pelo bairro. “São muitas as histórias contadas sobre essa mata do Shangry-lá, na qual eu cresci. Por isso, enquanto morador e artista plástico, a proposta do projeto foi conhecer e retratar histórias que envolvem o relacionamento da comunidade e mata, sensibilizando o olhar para a preservação das outras espécies que também habitam a região”, conta.

De acordo com Cristiano, a criação dos três murais aconteceu em um mês, e o processo de construção foi a partir da troca de histórias com os outros moradores do bairro, com uma experiência compartilhada. “Foi uma construção com a comunidade, a partir da conversa fui conhecendo histórias e referências para pintar, além de buscar mostrar a mata em integração com a população”, afirma o artista.

Espelhando em sua arte as inquietudes de quem vive em meio a mata, Cristiano diz que os murais também servem como um aviso para a preservação e conservação da mata. “O foco do projeto foi sensibilizar e chamar a atenção da comunidade para a mata que cada vez perde mais espaço para o avanço da cidade e também para essas outras espécies que vivem no nosso meio. Mesmo com a reserva do Shangry-lá protegida, a mata sofre bastante com a ação humana”, revela.

O projeto “Seres do Shangrylá” foi contemplado pela Lei Aldir Blanc n° 14.017, no edital de Premiação de Produtos Culturais, com recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Governo de Goiás e Secretaria de Estado de Cultura de Goiás.