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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Pop e mitologia grega

Cantor goiano Lubeka antecipa seu EP com o novo single ‘Veneno’

Novo álbum vem para somar à trajetória de Lubeka, que vive atualmente nos EUA após uma passagem por Portugal

Postado em 23 de julho de 2021 por Redação
Cantor goiano Lubeka antecipa seu EP com o novo single ‘Veneno’
Novo álbum vem para somar à trajetória de Lubeka

O cantor brasileiro radicado nos EUA Lubeka transforma suas aflições em pop. Inspirado pelo mito da Medusa, ele abraça as imperfeições e seu lado mais sombrio em ‘Veneno’. A faixa está disponível em todas as plataformas de música digital. Em entrevista ao Essência, o artista conta que a música nasceu do desejo em expressar suas revoltas internas.

Lubeka afirma que se expressar de tal forma era uma forma de se afirmar enquanto pessoa. “Eu sigo a narrativa de superar amores, relacionamentos tóxicos e mostro toda essa evolução que passa por várias fases até chegar na parte em que estou mais no controle das minhas emoções, e em Veneno isso fica mais evidente pois agora eu me sinto mais confiante para seguir em frente, e nada com uma boa indireta pro boy escroto né?”, explica.

A principal mensagem que o cantor deseja agregar aos ouvintes é sobre o processo evolutivo de cada um. “Em uma geração que busca a felicidade, poucos falam sobre nossos desafios, nossos conflitos internos, e para podermos viver uma vida plena precisamos entender nossos traumas, lidar com eles de frente. Veneno mostra que há força na dor, existe força pra além da perda, e essa força nos impulsiona a viver a vida de forma mais intensa”.

O cantor ressalta que ‘Veneno’ é como um rito de passagem. “É como se fosse: ‘ok, eu sei o que tá acontecendo, eu reconheço que estou no purgatório, eu sei que também errei e fui tóxico’. É sobre aceitar, e se perdoar, e também aprender a perdoar, então os próximos singles que virão vão contar essa história de redenção, e finalmente ter encontrado a felicidade plena. É a história da minha vida cantada, minhas memórias cantadas”, adianta o cantor sobre os novos projetos de seu EP.

‘Veneno’ integrará um EP que reunirá ainda os singles já revelados ‘Chances’, ‘Estática’, ‘Atitude’ e ‘Tarde Demais’. Esta última soma dezenas de milhares de audições nas plataformas digitais, além de chegar às posições 16 e 19 do top 200 no Brasil, segundo o serviço de monitoramento Crowley, com destaque para as rádios de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, atingindo a primeira posição no sul de Minas.

O novo álbum vem para somar à trajetória de Lubeka, que vive atualmente nos EUA após uma passagem por Portugal. Seu projeto solo surgiu em 2018, com o artista transformando suas experiências em canções, dialogando com o pop alternativo e o R&B com as experiências de ser um homem negro, latino e membro da comunidade LGBTQIA+.

Atualmente morando em Los Angeles, o cantor conta que essa temporada nos Estados Unidos tem impactado de forma positiva a sua carreira e seu lado criativo. “Viver nos EUA num ambiente tão cosmopolita, e cheio de influências musicais de todo lado, me fez fazer as pazes com a música, e querer comunicar minha mensagem. O rigor da indústria me motiva a sempre buscar a excelência, e trazer um trabalho diferente e inovador. Espero conseguir isso”.

Mitologia grega

Em ‘Veneno’ o artista traz o imagético da Medusa, figura da mitologia grega, que passou por algo horrendo e traumático e, mesmo vítima, foi amaldiçoada e transformada em um monstro. Abrindo mão de uma busca por redenção.  “Eu sempre fui fascinado por mitologia grega, na escola sempre achei incrível aprender sobre os deuses e seus mitos, e quando a música de ‘Veneno’ surgiu, desde a composição eu queria mostrar algo mais sombrio, então sugeri as referências de séries sobrenaturais que amo”, revela Lubeka. “Fiquei fascinado com a ideia de a Medusa ter sido a vítima da história, ela é sempre mostrada como a vilã, e queria muito trazer essa dualidade de que nós somos humanos e temos um lado sombrio também. Faz parte de quem somos, mas isso é reflexo de traumas, tudo tem um contexto”, completa. (Especial para O Hoje)

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