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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Rodovias estaduais podem ganhar asfalto com técnica mais barata

Expectativa da Goinfra é que, caso alcance bons resultados, toda a GO-070 será recapeado, assim como outras rodovias mais deterioradas do Estado

Postado em 27 de julho de 2021 por João Paulo
Rodovias estaduais podem ganhar asfalto com técnica mais barata
Expectativa da Goinfra é que

As rodovias estaduais podem ganhar uma técnica mais barata para fazer o asfaltamento. Um teste dessa natureza está sendo feito em um trecho de 1,6 quilômetros da GO-070, entre Goiânia e Goianira. A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) busca essa alternativa para utilizar nas rodovias que estão mais deterioradas no Estado, mas que utilize o mesmo material usado atualmente: o concreto usinado betuminoso a quente (CBUQ). Apesar disso, a pasta não comentou sobre qual o valor desse novo trabalhos e qual é o valor gasto atualmente.

De acordo com a pasta, a diferença seria no método utilizado para a realização desse asfaltamento. Somente neste mês, foi realizado o recapeamento da GO-070, no sentido Goianira, com a aplicação da nova capa asfáltica. A Goinfra destaca que o serviço foi realizado “nos pontos mais críticos” da rodovia. Foram 800 metros de cada lado da pista para realizar a avaliação “do comportamento da pista ao longo dos próximos meses.” Isso porque a pasta quer analisar de que forma o trabalho, que foi realizado ainda no período chuvoso, vai se comportar até o fim do período chuvoso do próximo ano.

Esse prazo, de acordo com a Goinfra, será necessário para verificar a qualidade do asfalto dos trechos trabalhados tanto durante a seca quanto com a presença das chuvas. Além disso, a nova camada irá receber um tráfego intenso por quase um ano. Se os resultados forem satisfatórios, a pasta pretende realizar uma intervenção mais robusta em todo o período urbano da Capital da rodovia no próximo ano. Com isso, a Infra irá verificar se o recapeamento foi capaz de manter a qualidade do asfalto.

Se os resultados alcançados não forem animadores, a pasta garante que o trecho onde a técnica foi utilizada será totalmente restaurado. A Goinfra explica que a diferença entre o método de recapeamento e de restauração está na profundidade e extensão da via que será trabalhada. No caso do recapeamento, que é o utilizado no experimento, apenas uma capa asfáltica da rodovia é retirada e substituída por uma nova. Na restauração, o processo é mais complexo, caro e demorado pois há uma troca na sub-base, na base e na camada asfáltica. 

A Goinfra pretende utilizar o modelo mais barato com o recapeamento de toda a extensão da GO-070 entre Goiânia e Inhumas. Dessa forma, a pasta pretende baratear os custos da intervenção na rodovia. Os trechos que já receberam a intervenção estão sinalizados na rodovia com placas da pasta informando que se trata de um experimento. A agência frisa que a ação é diferente da operação tapa-buraco, que consiste apenas em jogar uma parte do CBUQ no local com problemas e o mesmo é fresado. 

20 anos de durabilidade

Um asfalto bem feito pode durar cerca de 20 anos, segundo Marcos Rothen, que é especialista em trânsito e transportes. Apesar disso, ele destaca que algumas etapas no preparo do solo são de extrema importância para isso. “O solo tem que ser muito bem compactado. O asfalto precisa estar em um lugar fixo. Por isso, uma estrutura lisa é fundamental. A massa precisa ter de quatro a cinco centímetros para que ele possa amortecer bem o tráfego da região”, destaca. 

Marcos pontua que o peso do volume dos carros que passam por cima do asfalto deve ser levado em consideração. “Uma estrada, por exemplo, tem um trabalho maior para a confecção de um asfalto, pois um caminhão pesa mais que um veículo de passeio. Se for bem feito, a durabilidade de 20 anos pode ultrapassar.”

Segundo ele, a adoção do tapa-buracos é uma situação que resolve de maneira passageira o problema crônico das grandes cidades. “Isso é como um remédio que você toma para a dor de cabeça. Você insere para diminuir a dor e ela passa momentaneamente. Mas a causa daquele problema ainda continua ali. A mesma coisa é o tapa-buraco. Isso funcionará de maneira paliativa, mas o problema sempre estará ali”, destaca. 

Marcos explica ainda como a chuva danifica o asfalto. “Isso está ligado à questão estrutural. Primeiramente, a impermeabilidade do solo faz total diferença. Deve-se fazer um estudo para saber como será feito o escoamento da água. Caso isso não ocorra, a água fica retida na superfície e isso compromete a qualidade do asfalto. Um exemplo disso é a freada que o ônibus dá e que isso cria uma movimentação da massa. Por isso, cria-se aquelas ondulações nas vias que são formadas por esse impacto’, pontua.   

Após 4 anos, Caiado promete entrega da duplicação da GO-070 em setembro

Em comemoração ao aniversário de 294 anos da cidade de Goiás, o governador Ronaldo Caiado fiscalizou diversas obras que levam mais infraestrutura à região. A primeira parada foi na GO-070, onde o Governo de Goiás executa os últimos trechos para entregar 14,54 quilômetros de rodovia duplicada e outros 11,38 quilômetros restaurados, com investimento total de mais de R$ 84 milhões.

Segundo Caiado, foram assinados todos os aditivos para conclusão do empreendimento. “Temos o compromisso da empresa responsável de que nos entrega, no mês de setembro, toda essa obra concluída até a cidade de Goiás”, pontuou o governador. “É um presente para a população do município e do Estado que sempre visita essa cidade turística e que é patrimônio da humanidade”, acrescentou.

Na GO-070, o investimento total é de R$ 84.203.199,81, proveniente do Tesouro Estadual e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A obra foi iniciada em 2017, ainda no governo Marconi Perillo. A duplicação ficou paralisada por 19 meses, mas foi retomada em outubro de 2020.

A duplicação é feita em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). A largura da pista é de 10,5 metros, sendo 7 metros de rolamento e 3,50 metros de acostamento de cada lado. A infraestrutura foi elogiada pela gestão municipal. “Somos uma cidade turística e essa rodovia nos aproxima da nossa capital, melhora o fluxo para os visitantes e oferece qualidade na locomoção para as pessoas”, reconheceu o prefeito Aderson Gouvea.

Saúde

A segunda pauta do governador na antiga Vila Boa incluiu uma vistoria na construção da Policlínica Rio Vermelho. A unidade recebe investimentos de R$ 10,3 milhões e está com 96,42% das obras concluídas. A iniciativa integra as ações do Governo de Goiás voltadas para regionalização da saúde. Esse será o quarto centro médico nesta modalidade entregue pela atual gestão.

“Vamos intensificar os trabalhos para que a população tenha uma estrutura com várias especialidades, equipe multiprofissional, na área de fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição. Algo que vai trazer uma medicina de qualidade e bom padrão”, sublinhou o governador. “Agora, vamos abrir licitação para que uma organização social (OS) assuma esta policlínica”, acrescentou Caiado.

A policlínica contará com vários tipos de exames: laboratoriais e de imagem (tomografia, endoscopia, raio-X, colonoscopia, ultrassonografia e eletrocardiograma), além de Centro de Especialidades Odontológicas, telemedicina, atenção às pessoas ostomizadas e assistência em saúde mental. Durante a vistoria, o governador falou, ainda, sobre a necessidade de “avançar na instalação do serviço de hemodiálise para que as pessoas sejam tratadas na região”. (Especial para O Hoje)

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