A espera chegou ao fim. Depois de quatro ciclos olímpicos, a nadadora Ana Marcela Cunha finalmente conquistou sua primeira medalha olímpica. Campeã de tudo na maratona aquática, a baiana ainda não havia subido ao pódio em Olimpíadas. Mas o tabu ficou para trás.

Na manhã de quarta-feira em Tóquio (noite de terça no Brasil), Ana Marcela completou os 10 quilômetros de sua prova com o tempo de 1h59min30s08. A medalha de prata ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal, que foi ouro no Rio de Janeiro, em 2016. O bronze terminou nas mãos da australiana Kareena Lee.

Após o término da prova, em entrevista aos canais Globo, Ana Marcela falou da emoção ao atingir seu objetivo e também das frustrações em Jogos Olímpicos anteriores, como no Rio de Janeiro, quando chegou como favorita ao ouro e terminou na 10ª posição depois de perder uma reposição líquida.

“Finalmente! Por mais nova que eu fui em 2008 (em Pequim, na China), esse é meu quarto ciclo olímpico. Vindo de uma frustração muito grande com uma não classificação, uma frustração no Rio (de Janeiro). Acreditem nos seus sonhos”, disse Ana Marcela Cunha à Globo.

A medalha dourada foi a quarta do Brasil em Tóquio. Ao todo, o país já soma 15 conquistas no Japão, ficando cada vez mais perto das 19 conquistadas no Rio de Janeiro.

Decepção

A decepção do dia ficou por conta do vôlei de praia. Pela primeira vez, desde que passou a fazer parte do programa olímpico, o Brasil vai terminar uma edição de Olimpíadas sem nenhuma medalha na modalidade. A dupla formada por Alison, que foi ouro no Rio de Janeiro, há cinco anos atrás, e Álvaro foi eliminada nas quartas de final do torneio pelos letões Martin Plavins e Edgar Tocs, que também já haviam eliminado os brasileiros Bruno Schmidt e Evandro na fase anterior.