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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Covid-19

Sobe para oito casos da variante Delta em Goiás

Foram detectados mais três casos da variante em Aparecida

Postado em 7 de agosto de 2021 por Daniell Alves
Sobe para oito casos da variante Delta em Goiás
Foram detectados mais três casos da variante em Aparecida. | Foto: Reprodução

Foram detectados mais três casos da variante delta do novo coronavírus em Goiás, agora em Aparecida de Goiânia, informou o secretário de Saúde da cidade, Alessandro Magalhães. Segundo ele, a variante Delta foi verificada em um homem e duas mulheres, todos de uma mesma família e moradores da região do Garavelo. Com isso, Goiás são oito casos confirmados da variante. 

Em Aparecida, dentre eles, um senhor de 67 anos está internado no Hospital Garavelo em estado grave, mas a esposa dele, de 60 anos, e a filha, de 34 anos, já estão curadas. “Todos são casos de infecção no mês de julho e como ainda não identificamos como se contaminaram, afirmamos, a princípio, que já existe a transmissão comunitária dessa variante na Região Metropolitana, tendo em vista que a mulher mais jovem trabalha em Goiânia,” informa ele.

O gestor acrescenta que já comunicou a detecção da Delta à Secretaria Estadual de Saúde (SES) assim que o resultado do sequenciamento saiu, às 21h de quinta-feira (5). “Hoje estamos formalizando essa notificação e informando que, dentre os três, o primeiro caso, o da filha, foi diagnosticado como covid-19 no último 9 de julho, depois a senhora no dia 16 e o senhor foi internado no dia 21 de julho.

Até o momento, Aparecida já executou 1.271 sequenciamentos, técnica que permite identificar a informação genética contida nas amostras dos exames RT-PCR realizados maciçamente na cidade e que já identificou 13 variantes no município: “A predominante é a P1, e, da primeira quinzena de maio para cá, temos percebido o crescimento dela com uma mutação, a P681H, com potencial para justificar esse aumento de casos verificado em todo o Estado”, afirma o titular.

Alerta

O alerta máximo é na Região do Entorno do Distrito Federal, diz a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (SES), Flúvia Amorim. “Agora é praticamente impossível a gente impedir a transmissão comunitária no Estado. Mas o que a gente pode e deve fazer é monitorar qualquer caso. Fazer sequenciamento genômico para ver a dispersão dessa variante e o impacto que ela vai trazer”, esclareceu a superintendente.

Entre os casos registrados, um tem histórico de viagem internacional e o outro é de um contato desta pessoa. Outros dois casos são de pessoas que tiveram contato com moradores do Distrito Federal, que também registrou contágio pela variante.

Primeiro registro

A variante Delta do coronavírus (linhagem B.1.617.2) identificada pela primeira vez na Índia, foi encontrada em Goiânia mês passado. A mutação foi detectada em amostra de uma paciente de 18 anos e comunicado em junho à SMS da Capital para que fossem realizadas as ações de vigilância e tomadas as providências para o rastreio de contato.

Esta é mais infecciosa do que as outras mutações do coronavírus difundidas anteriormente. Testes de laboratório sugerem que ela se multiplique mais no organismo, e estima-se que o risco de infectar membros da própria família seja 60% maior, de acordo com uma análise divulgada pela autoridade sanitária britânica Public Health England (PHE). O que aumenta o risco para pessoas imunizadas apenas com a primeira dose da vacina.

Análise de 600 amostras

Um laboratório de São Paulo contratado pela Prefeitura de Goiânia fará a análise de pelo menos 600 amostras para detectar se a variante Delta está em circulação na Capital. Isto porque a Secretária Municipal de Saúde (SMS) ainda não realiza esse tipo de monitoramento de forma frequente.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes, a empresa deve realizar o sequenciamento genético de 50 amostras positivas por semana. “Dentre elas, pacientes com casos graves e leves para a gente verificar como está a circulação de novas variantes”, diz. Ele explica que a medida é para saber se há novas variantes e/ou transmissão. “É importante ter esse monitoramento. Nesta semana já enviamos cerca de 50 amostras para o laboratório para ter uma resposta”, informa. (Daniell Alves, especial para O Hoje)

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