Curso básico de costura é oferecido a adolescentes venezuelanas em situação de vulnerabilidade
Formação foi realizada por meio do projeto social “Costurando Pontes” em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas
Por meio do projeto social “Costurando Pontes”, o Clube de Costura ministrou na última semana, em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, o Curso Básico de Costura para adolescentes do sexo feminino, imigrantes e refugiadas da Venezuela. O projeto visa colaborar com o aprendizado de grupos vulneráveis, e a formação já foi oferecida tamém, em julho, para o grupo de mulheres trans, imigrantes e refugiadas, em parceria com o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO).
Pertencentes à etnia Warao, as adolescentes indígenas fazem parte dos cerca de 260 mil refugiados e migrantes venezuelanos que vivem atualmente no Brasil, segundo estimativa do Governo Federal e dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), e têm rica tradição em artesanato e costura a mão de peças como vestidos típicos da comunidade e de itens como slings para bebê.
Realizado entre os dias 02 e 06 de agosto, o curso possibilitou às alunas aprender a manusear a máquina, praticar exercícios, aplicação de zíper, pences, barras e a finalização de um vestido. Ao final, todas receberam um Certificado de participação. Respeitando os protocolos vigentes, o grupo foi formado por cinco alunas, o que possibilitou o distanciamento necessário para o combater a disseminação do coronavírus.
A secretária Municipal de Direitos Humanos, Dra. Cristina Lopes Afonso, explica que a seleção das alunas, realizada pela Prefeitura, adotou o critério de extrema vulnerabilidade de mulheres que não tiveram acesso a cursos de formação e praticam a coleta de dinheiro em sinais. “A parceria dos setores públicos e privados se apresenta como caminho sólido para a efetivação de políticas e ações públicas, resultando em maior equilíbrio social. Espero que esse tenha sido um curso de muitos outros que virão”, afirmou Cristina.
Rogelia Pinheiro, supervisora do clube, conta que, no decorrer no curso, foram oferecidos às alunas transporte, alimentação e a presença de um tradutor durante as aulas. “Nós do Clube de Costura fomos responsáveis por coordenar, ministrar, ceder o espaço e todo material necessário para as aulas. Foi uma troca muito rica, na qual foi possível despertar nas alunas o interesse por novos aprendizados, bem como valorizar os saberes que elas também trouxeram e compartilharam conosco, muitos deles passados de geração em geração”, diz.
Sobre o Clube de Costura
Projeto institucional do Mega Moda com foco em profissionalizar e desenvolver a moda, o Clube de Costura se destaca pelo seu compromisso pela busca de um mercado de moda mais consciente e o engajamento social. Em 2019, venceu o Prêmio Abrasce na categoria Campanhas Institucionais – Shoppings com ABL menor que 30 mil.