Documentos do tribunal federal dos Estados Unidos mostram a abertura de um processo contra o príncipe Andrew, filho da Rainha Elizabeth, do Reino Unido, nesta segunda-feira (09/08). Ele é acusado por Virginia Roberts Giuffre por abuso sexual quando ela tinha 17 anos.

A americana Giuffre é advogada e ativista contra o tráfico sexual, de que ela teria sido vítima nas mãos de Jeffrey Epstein, condenado pelo crime e encontrado morto na prisão em 2019. Segundo ela, os episódios teriam ocorrido em Londres, Nova York e nas Ilhas Virgens, em propriedades de Epstein.

Na época da prisão do traficante e acusação do príncipe Andrews, o Palácio de Buckingham divulgou uma nota negando as alegações. “É enfaticamente negado que o Duque de York teve qualquer forma de contato ou relacionamento sexual com Virginia Roberts. Qualquer alegação em contrário é falsa e sem fundamento”, disse o texto.

Em uma entrevista à BBC, em novembro de 2019, o príncipe Andrew afirmou nunca ter conhecido Giuffre. Quando confrontado com uma fotografia que mostra os dois juntos, ele sugeriu que a imagem tivesse sido adulterada. Procurado para auxiliar na investigação de Epstein, o ex-procurador do Distrito Sul de Nova York, Geoffrey Berman, disse que o príncipe “forneceu cooperação zero” com depoimentos.

“O Príncipe Andrew cometeu abuso sexual e agressão à requerente quando ela tinha 17 anos. Como tal, o Príncipe Andrew é responsável por agressão e inflição intencional de sofrimento emocional de acordo com a lei comum de Nova York. O dano à requerente foi grave e duradouro”, afirma o processo.