Após suspender a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que o depoente, deputado Ricardo Barros (PP-PR) deverá voltar a CPI, só que como investigado.

A reunião foi marcada por confusões e desentendimento. Em certo ponto, o deputado atacou os trabalhos da comissão. “O mundo inteiro quer comprar vacinas e espero que essa CPI traga bons resultados para o Brasil, produza o efeito positivo para o Brasil porque o negativo já produziu muito, afastou muitas empresas interessadas em vender vacina ao Brasil que não se interessam mais”, disse.

“Afastamos a vacina que vocês do governo queriam tirar proveito”, disse o presidente ao anunciar a suspensão da reunião. “Nós não vamos permitir que depoente desrespeite esta Comissão”. A data de um novo depoimento do deputado ainda não foi definida.

Barros foi parar na CPI depois que Miranda denunciou suspeita de irregularidades na contratação da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. Ele relatou que esteve reunido com Jair Bolsonaro e lhe informou o problema. Segundo o deputado, o presidente teria dito então que “isso era coisa de Ricardo Barros” e que iria determinar uma investigação.

A denúncia resultou num inquérito da Polícia Federal, que apura se o presidente da República cometeu crime de prevaricação, caso não tenha tomado providências para apuração dos fatos.