Clonagem de pequi: Emater e Embrapa firmam parceria para pesquisas sobre o fruto
Objetivo é selecionar variedades para aumentar a renda de agricultores familiares de forma sustentável.
Um termo de cooperação técnica para desenvolvimento de pesquisas sobre variedades de pequi foi firmado na última sexta-feira (13/08) entre a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Os órgãos pretendem se unir para disponibilizar materiais selecionados de padrão genético considerado alto para agricultores familiares, além de extrativistas e demais envolvidos na cadeia produtiva do pequi dentro do estado.
A pesquisa, coordenada pela cientista Elainy Botelho, da Emater, compreende a seleção e clonagem de plantas que apresentam maior qualidade produtiva, inclusive a variedade sem espinhos. Elas estão reunidas na Estação Experimental Nativas do Cerrado, em Goiânia, onde fica o maior banco de germoplasma de pequi do mundo. Segundo Botelho, a procura por plantas originárias do Cerrado tem crescido nos últimos anos em decorrência das exigências legais para readequação ambiental das propriedades e da possibilidade de complementação de renda.
“A missão da pesquisa da Emater é fazer com que seus resultados levem ao pequeno produtor alternativas para sua sobrevivência. O pequi é uma dessas opções para gerar renda e sustentabilidade entre as famílias rurais”, afirmou o diretor de Pesquisa Agropecuária da instituição, João Asmar Júnior.
Goiás é atualmente o terceiro estado com maior volume de produção de pequi do país. Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a safra de 2019 foi de mais de duas mil toneladas, com valor da produção na extração vegetal estimada em R$ 3 milhões. O Estado conta com 433 estabelecimentos agropecuários produtores espalhados em 56 municípios e um mercado consumidor que adquiriu mais de seis mil toneladas de pequi no período.
Com assessoria