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sábado, 23 de novembro de 2024
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Covid-19

Prefeitura procura 6 mil atrasados para a 2ª dose da vacina

Ação começou em agosto, mas ainda não há um relatório de quantas pessoas foram encontradas

Postado em 19 de agosto de 2021 por Maiara Dal Bosco
Prefeitura procura 6 mil atrasados para a 2ª dose da vacina
Ação começou em agosto

Mesmo com o surgimento de novas variantes, cerca de 5.900 pessoas não retornaram para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 na Capital, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. Ao jornal O Hoje, o Superintendente em Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, explicou que esse número é resultado de um cruzamento de dados que vem sendo realizado e que a SMS e as equipes de orientação primária já estão realizando busca ativa desde o início de agosto para localizar quem está com a segunda dose atrasada.

“É muito difícil fazer essa avaliação [de quantas pessoas estão com a segunda dose atrasada], porque o paciente pode receber a primeira dose em um município e a segunda dose em outro. Além disso, a dose pode não ter sido registrada. São várias variáveis que prejudicam a mensuração de quem ainda não recebeu a segunda dose da vacina”, explica o Superintendente.

De acordo com a pasta, assim que notado o atraso da vacinação, a equipe de orientação primária busca nos registros e entra em contato via telefone para localizar essas pessoas em situação de atraso vacinal. “Para aquela pessoa que não é localizada via contato telefônico, a pasta aciona uma equipe com agentes comunitários de saúde para fazer uma visita à residência dessa pessoa e assim verificar a condição e o motivo pelo qual a pessoa não recebeu a segunda etapa da imunização. Nesta ocasião, a pessoa também é orientada a procurar o ponto de vacinação mais próximo para receber a dose”, afirma Yves.

Número preocupa

Segundo o superintendente, o número de quase seis mil pessoas em atraso com a vacina pode ser considerado alto, mesmo que possa sofrer flutuações no decorrer da semana. “Temos atraso de digitação, pessoas vacinadas em outros municípios. Mesmo assim, o número chama atenção visto que estamos em um momento de pandemia e precisamos ter uma procura de segunda dose de pelo menos 99% da população, sabendo que muitas pessoas não conseguem se vacinar, porque tem a questão do esquecimento da segunda dose, ou porque as pessoas não procuram ou mesmo porque acabam perdendo o cartão de vacinação”, destaca.

Neste último caso, a orientação do Superintendente para quem perdeu o cartão de vacinação, que comprova a primeira dose da vacina é que a pessoa procure o mesmo local em que fez a primeira dose para que seja buscado o registro da aplicação. Assim, será confirmado o lote, a marca da vacina e o dia em que a dose foi aplicada, o que permite que o cartão possa ser refeito e a pessoa passe a ter um documento a mais que comprove a primeira dose.

“Quem estiver em situação de atraso ou quem ainda não se vacinou, pode encontrar todas as informações sobre a vacinação no site da prefeitura. Lá é possível verificar qual público está sendo vacinado, quais os locais, as respectivas vacinas, e com isso as pessoas conseguem se programar e completar a imunização”, finaliza.

Até ontem (18), segundo dados da SMS, Goiânia aplicou 1.176.263 doses de vacinas contra a Covid-19. Destas, referem-se à primeira dose 781.659 vacinas, o que equivale a 66,86% da população acima de 18 anos imunizada. Já com relação à segunda dose e dose única, foram aplicadas 394.604 doses, o que equivale a 33,75% da população acima de 18 anos com a imunização completa.

Em Goiás, até o momento, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), referentes à primeira dose, foram aplicadas 3.631.388 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 1.472.692 pessoas. Em relação às vacinas, o Estado de Goiás já recebeu 6.591.960 doses de imunizantes, sendo 2.083.940 da CoronaVac, 2.982.490 da AstraZeneca, 1.373.580 da Pfizer e 151.950 da Janssen.​ Ao todo, já são 789.009 casos confirmados da doença, com o registro de 21.908 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás. (Especial para O Hoje)

Legenda: Equipes já estão realizando busca ativa desde o início de agosto para localizar quem está com a segunda dose atrasada

Terceira dose da vacina deve começar em idosos

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) durante coletiva de imprensa que o reforço da vacinação com a aplicação da terceira dose das vacinas contra a Covid-19 deverá acontecer, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde.

Queiroga, no entanto, não informou quando a aplicação da dose de reforço começará no Brasil e disse que são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a aplicação. A presença da variante Delta do país também reforça a necessidade do reforço vacinal, segundo o ministro.

“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível. Isso vale para todos os imunizantes. Mas para isso, nós precisamos de dados científicos. Não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, disse o ministro.

O Ministério da Saúde afirmou que todos os estados passarão a receber doses das vacinas contra Covid-19 de maneira equilibrada e pediu para que os entes sigam as orientações do Plano Nacional de Imunização (PNI) e o Plano Nacional de Operalização (PNO), que coordena a distribuição das doses.

Coronavac

No fim de julho, Queiroga já havia anunciado que o ministério havia encomendado um estudo para avaliar a necessidade da terceira dose naqueles que receberam a Coronavac. Segundo afirmou nesta quinta-feira, a decisão de estudar o imunizante chinês da Sinovac, fabricado no Brasil pelo Instituto Butantan, veio porque já há estudos sobre a terceira dose de outras vacinas.

“Ainda não há evidência científica sólida de como deve ser. Se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso”, disse o ministro. “Pessoas com duas doses podem adoecer, inclusive em formas graves, mas se compararmos os que se vacinaram com duas doses e aqueles que não receberam a vacina, o benefício da imunização é incontestável”, declarou Queiroga.

Além disso, o ministro reiterou que a pasta vai decidir em setembro se irá diminuir o intervalo entre as doses de Pfizer de 3 meses para 21 dias, como orienta a bula da vacina. Em agosto, a pasta espera ter distribuído doses suficientes para a primeira aplicação em todos os adultos.

Já o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, apresentou projeção interna do ministério sobre o ritmo de imunização. Caso seja aprovada a diminuição do intervalo entre as doses de Pfizer e a aplicação de cerca de 2,4 milhões de doses por dia, a perspectiva é de praticamente terminar a imunização de maiores de 18 anos com duas doses até o fim de outubro.

O secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, afirmou que a lógica do PNO segue a definição de grupos prioritários e não da quantidade da população de cada estado. (Com agências)

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