Ex-prefeito de Luziânia é acionado pelo Ministério Público por nepotismo
Ele é suspeito de empregar servidora casada com o então vereador Aldenor Gomes Moreira Júnior.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Luziânia Cristóvão Vaz Tormin por nepotismo. Ele é suspeito de empregar a servidora comissionada Juliana Gomes de Oliveira, casada com o então vereador Aldenor Gomes Moreira Júnior.
De acordo com o MP, Aldenor era aliado e integrante da base de apoio do prefeito à época. Foi requerido o bloqueio de bens dos envolvidos em até R$ 889.374,67, além de multa por danos morais coletivos de R$ 500 mil.
A ação relata que Juliana foi nomeada por Tormin em março de 2013, para exercer o cargo de assessora executiva II, no gabinete do prefeito. Ela foi exonerada do cargo em 1ª de fevereiro de 2019, e no mesmo dia nomeada como assessora executiva na Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania.
A apuração do caso não a encontrou trabalhando em nenhum dos locais indicados, apesar de ela estar sendo remunerada. Segundo depoimentos, Juliana coordenava uma empresa privada que seria responsável por prestar serviços de limpeza para o município, incorrendo em desvio de função.
“Percebe-se que a intenção de Cristóvão Tormin era a de nomear apadrinhados de agentes políticos da municipalidade, em especial de parlamentares, – porquanto o caso de Juliana não foi algo isolado –, como forma de ‘moeda de troca’ de apoio político, sob a escusa de inexistência de subordinação técnica/jurídica entre o nomeado e seu parente”, diz o MP.