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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Fonte de renda

Durante pandemia, empreendedorismo se torna opção para inovar no mercado de trabalho

Alternativa atingiu principalmente jovens e mulheres. Segundo pesquisa do GEM, número de pequenos empreendedores deste público cresceu em 2020, 55% e 49% em relação a 2019

Postado em 22 de agosto de 2021 por Maria Paula Borges
Durante pandemia
Alternativa atingiu principalmente jovens e mulheres. Segundo pesquisa do GEM

Em um cenário de pandemia, o mundo dos negócios teve que inovar de forma brusca e em tempo recorde. Em meio à crise econômica gerada pela paralização que se fez necessária em decorrência da Covid-19, o empreendedorismo abriu novas oportunidades e perspectivas para grande parte da população, sendo esta uma alternativa para fonte de renda. O sucesso foi das pessoas que conseguiram se adaptar ao novo normal.

Segundo dados coletados em uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realizada em novembro de 2020, aponta que a cada dez pequenas empresas brasileiras, apenas quatro inovaram durante a crise ao longo do ano de 2020. Além disso, para 27% dos empresários, os desafios impostos pela pandemia acabaram trazendo mudanças positivas para o negócio e 11% dos empreendedores registraram aumento de faturamento em relação ao ano anterior (2019).

Foi necessário, principalmente durante a crise enfrentada, que todos encontrassem uma alternativa segura para uma nova fonte de renda. De acordo com dados do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, o número de Microempreendedores Individuais (MEI) cresceu em 2020, do total de 3.359.750 empresas abertas durante a pandemia, 2.663.309 eram MEIs, totalizando em um crescimento de 8,4% em relação a 2019. Em março de 2021, os pequenos empreendedores correspondiam a 56,7% do total de negócios em funcionamento no país.

Conforme uma pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), 52,1% dos brasileiros conhecem pelo menos uma pessoa que abriu um negócio por conta da pandemia, com expressivo crescimento desta atividade entre mulheres, os mais jovens e os mais velhos. Com aumento de 55% em relação a 2019, os jovens aumentaram a estatística de empreendedores. Este foi o caso da jovem de 18 anos, Anna Júlia, residente de Rio Verde. Em busca de estabilidade, resolveu investir na Doce Amarello, uma franquia de acessórios, bijuterias e maquiagens para fazer uma renda extra.

“Logo quando entramos na pandemia, eu senti que precisava de uma estabilidade para voltar à empreender, trabalhava de carteira assinada em uma doceria, mas mesmo assim não me sentia à vontade fazendo aquilo, não era feliz. Foi quando conversando com uma amiga, ela me ofereceu a oportunidade de comprar a franquia da Doce Amarello. Pesquisei e me apaixonei, me identifiquei com a marca, e assim tudo começou”, disse.

Apesar de buscar estabilidade, o início da pandemia exigiu inovação, uma vez que causou instabilidade em todas as áreas. Segundo Anna Júlia, o momento mais desafiador foi o começo, por se tratar de algo que não havia tido contato anteriormente. “A instabilidade e o medo de tudo que a pandemia estava trazendo. Era tudo novo, e até o momento não havia nada com 100% de certeza. O primeiro lockdown foi logo após nossa inauguração e com certeza foi um momento muito desafiador”, afirmou.

Mesmo com todos os desafios e a necessidade de se fazer novo, vários jovens decidiram se arriscar e investir em seu próprio negócio. Dessa forma, descobriram sua vocação e se encontraram no mundo do empreendedorismo, inclusive a rio-verdense. “A sensação é de que estou cumprindo meu propósito. Nunca me encaixei muito em padrões e regimes, sempre quis algo à mais. E hoje vejo que finalmente me sinto completa, faço algo que amo e isso não tem preço. É mais que a venda de um produto, entrego também amor, cuidado, autoestima, esperança, renovo… é inexplicável. Me enche o coração de alegria saber que existem vários outros jovens começando agora, e ver que logo teremos grandes empresas cheias de ousadia”, ressaltou.

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