As estratégias de comunicação das empresas no mundo todo foram aceleradas em seis anos, aproximadamente, revelou um estudo recente da plataforma americana Twilio. Tudo indica que à medida que os negócios foram obrigados a fecharem as portas, como medida para conter a pandemia da Covid-19, tiveram que se reinventar, promovendo a digitalização de processos, serviços e comunicações para se manterem na crise.

E com o impulsionamento do setor de comunicação pelas empresas, uma área cresceu bastante, trata-se do marketing digital. O que abriu espaço para uma demanda maior por profissionais, que passaram a ganhar importância para as corporações.

Em relação ao marketing tradicional, no qual o foco está no produto e a propagação das mensagens de forma massificada (por meio de propagandas na televisão, jornais e outdoors, por exemplo), o marketing digital é focada no consumidor, cuja comunicação passa a ser mais personalizada, facilitando a segmentação de público proporcionada pela internet.

O influenciador digital e especialista em marketing digital, Marcelo Távora, explica que o setor evolui constantemente e há um leque para a atuação neste mercado, sendo provocado pelas novas ferramentas de comunicação, como blogs, redes sociais e aplicativos. “Há muitas formas de começar neste mercado, como prestador de serviços para empresas, atuando como social media, isto é, ajudando a empresa a construir relacionamentos, e gerando tráfegos. Ou mesmo como copywriting”, indica.

Segundo ele, a área está em franca expansão, devido os consumidores terem ficado por muito tempo isolados em casa e muitos tiveram a primeira experiência de compra on-line, transformando, até então, essa opção em uma tendência de mercado. Além disso, o setor está muito voltado aos profissionais, que não necessitam de ensino superior para desempenhar o trabalho.

“Há cursos livres (gratuitos), cursos mais baratos, e que não são ruins. Uma das coisas legais do marketing digital é a facilidade que a pessoa tem de se tornar um especialista”, diz Távora, acrescentando que o profissional pode atuar como vendedor de produtos ou promover perfis de pessoas.

O especialista cita que outra oportunidade do marketing digital, e que está tendo muito sucesso, ao propiciar renda extra ou até renda principal para muitas pessoas, das quais nem experiências na área tinham, são as chamadas filiações, que consiste no trabalho de divulgação de produtos ou de cursos on-line, para receber comissões. Funcionam como um e-commerce, o exemplo é o site da Amazon e do AliExpress, que recentemente abriu essa opção de filiação aos brasileiros.  

“Você não precisa ter uma estrutura física para isso, depósitos, por exemplo; mas apenas realizar a venda, pois toda a logística – de entrega e também os pagamentos – é feita pelas plataformas”, explica Távora.  

Compras on-line

Para o especialista, a experiência do consumidor em adquirir serviços e produtos pela internet é uma tendência que veio para ficar e deve se expandir. “A pandemia acelerou essa modalidade de compras on-line”, constata. 

Távaro frisa que houve um crescimento na modalidade virtual ao longo de 2020 e segue em alta neste ano. “O que a gente percebe é que a demanda não esfriou. É um erro achar que a pessoa que compra uma vez pela internet, não vai comprar mais. E é pelo contrário, a gente continua comprando coisas todos os dias. Então, a tendência é que isso continue, se perpetue”, projeta.