Informações dadas pelo Pentágono apontam que apenas um homem-bomba cometeu o atentado nos arredores do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta sexta-feira (27/08). Ainda existem 5.400 pessoas dentro do aeroporto esperando para serem retiradas do país após o Talibã tomar o poder. Segundo o departamento, as operações de retirada continuam sob ‘ameaças específicas e críveis’ de grupos terroristas.

“Não acreditamos que tenha havido uma segunda explosão no hotel Baron, ou perto dele. Foi apenas um homem-bomba”, declarou o general Hank Taylor, diretor adjunto do Estado-Maior Conjunto.

De acordo com um funcionário do Ministério da Saúde, em condição de anonimato com a emissora ABC News, o atentado da quinta-feira matou 113 soldados americanos e ao menos 170 afegãos. Entre os mortos, estão 32 homens, 2 crianças e 4 mulheres, a identidade das outras 132 vítimas não foi confirmada.

Escritórios locais da Organização Mundial da Saúde falavam em 161 afegãos óbitos, mas o número foi corrigido após hospitais relatarem a chegada de vítimas mortas em razão do atendado. O ataque foi o segundo mais letal para tropas americanas desde o início da ocupação e foi executado pela filial afegã do Estado Islâmico Khorasan (Isis-K), rival do Talibã.

Estas foram as primeiras mortes de militares dos Estados Unidos no Afeganistão desde fevereiro deste ano, em que dois soldados foram vítimas de um ataque interno, promovido por um soldado afegão. O governo do antigo presidente, Donald Trump, assinou um acordo com o Talibã algumas semanas depois, que incluía a promessa que o grupo militante não teria como alvo as tropas americanas.