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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Paralimpíadas de Tóquio

Com campanha impecável, Alana Maldonado ganha medalha de ouro no judô feminino

Irretocável. Assim pode ser definida a campanha da judoca Alana Maldonado, do Time Ajinomoto, que neste domingo (29) conquistou a medalha de ouro do judô nos Jogos de Tóquio, na categoria até 70 kg. Sem dar chance para as rivais, ela ganhou sua segunda medalha na história da competição, após a prata na edição do Rio de Janeiro, em […]

Postado em 29 de agosto de 2021 por Victor Pimenta
Com campanha impecável
Atleta do Time Ajinomoto é a primeira brasileira campeã paralímpica no judô

Irretocável. Assim pode ser definida a campanha da judoca Alana Maldonado, do Time Ajinomoto, que neste domingo (29) conquistou a medalha de ouro do judô nos Jogos de Tóquio, na categoria até 70 kg. Sem dar chance para as rivais, ela ganhou sua segunda medalha na história da competição, após a prata na edição do Rio de Janeiro, em 2016. Na decisão, ela superou Ina Kaldani, da Geórgia, por um wazari, no Nippon Budokan, tornando-se a primeira brasileira campeã no judô paralímpico.

A judoca brasileira, líder do ranking mundial da categoria, foi dominante em toda sua trajetória em Tóquio. Na estreia, ela precisou de apenas sete segundos para derrubar com um ippon a italiana Matilde Lauria. Na semifinal, teve um pouco mais de trabalho contra a turca Raziye Ulucam, mas acabou vencendo também por ippon, aplicando um uchi-mata. Já na decisão, teve pela frente um combate bem mais equilibrado contra a georgiana Ina Kaldani, sétima melhor do mundo. Após as duas receberem um shido (punição) por falta de combatividade, a brasileira conseguiu aplicar um wazari, faltando 1min44s. Depois, controlou a luta até o final, comemorando muito o ouro inédito.

“A ficha está caindo aos poucos. Foram cinco anos de muito trabalho duro, de muita incerteza se estaríamos aqui no Japão. Precisei abrir mão de muita coisa, não foi fácil. Mas hoje posso dizer que tudo valeu a pena, porque eu realizei o meu sonho. Pude honrar com esta medalha as pessoas que me amam. Tenho que agradecer a Deus, minha família, amigos, a toda comissão técnica. Este ouro não é só meu, é nosso”, disse Alana, que falou sobre a tensão na luta decisiva.

“Depois do wazari, ainda faltavam 1h44s e foi bem tenso. Ainda tinha um shido para poder tomar e precisei ficar mais atenta para levar a vantagem até o final”, disse Alana, que comparou a emoção do ouro com a prata de 2016. “Sou uma outra atleta em relação à que lutou no Rio de Janeiro. São duas competições muito marcantes para mim. A primeira, em casa, com toda a minha família e meus amigos, conquistando a medalha de prata, e aqui, na terra do judô, sendo a campeã paralímpica. Com certeza esse momento é muito especial”, afirmou Alana Maldonado, que neste ciclo já havia sido campeã mundial em 2018 em Lisboa, Portugal.

Natural de Tupã (SP), Alana Maldonado tem a doença de Stargardt e começou a perder a visão aos 14 anos. Desde os quatro, contudo, ela já praticava judô. Foi em 2014, quando entrou na faculdade, que iniciou sua trajetória no judô paralímpico. Desde sua primeira convocação para a seleção brasileira, em 2015, nunca ficou fora do pódio em competições internacionais.

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