A corrida em que não teve corrida. Assim pode ser resumido rapidamente o GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps, neste final de semana com a Fórmula 1. A chuva que assolou o local em todo o final de semana deixou impraticável a etapa e a solução encontrada deixou diversos pilotos insatisfeitos. Além disso, entrou para o livro de recordes como a corrida mais curta, desbancando uma marca que durou 30 anos, desde o GP da Austrália de 1991, vencido por Ayrton Senna após 14 voltas, e paralisado também pela chuva.

“Claro que é uma vitória, mas não da forma que gostaríamos. Tivemos duas corridas em que não marcamos pontos, então precisamos do resultado, mas não dessa forma. Agora fica evidente a importância daquela pole position, mas é uma pena não poder correr de forma decente, mas as condições estavam muito complicadas. A condição da pista nem era ruim, mas a visibilidade era precária. A minha nem tanto, mas a do pessoal que vinha atrás era bem pior. E depois não parou mais de chover”, disse o piloto holandês, Max Verstappen, apenas um dos muitos que se pronunciaram.

A “corrida” que teve quatro voltas e todas atrás de um Safety Car, sem a permissão de ultrapassagem, teve a metade da pontuação distribuída para os 10 primeiros colocados. Após os eventos da Bélgica, a Fórmula 1 irá rever as regras que estabelecem quanto tempo uma corrida precisa durar para que pontos sejam distribuídos aos pilotos. O chefe da McLaren Racing, Zak Brown, disse à Reuters ontem que conversou com o executivo-chefe da F1, Stefano Domenicali, depois da prova debaixo de chuva em Spa-Francorchamps e que haverá mais conversas nesta semana com a F1, as equipes e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

A possibilidade de uma adiar a prova para ontem, também foi levantada, mas rapidamente descartada. Com a próxima etapa sendo realizada no próximo final de semana, na Holanda, a logística seria brutalmente mudada, já que grande parte do staff das equipes viajaram no próprio domingo (29).