Um dos palcos mais históricos do estado de Goiás, o estádio Olímpico completa 80 anos de sua existência. Inaugurado em 1941, o estádio Pedro Ludovico Teixeira foi palco de grandes competições em suas primeiras décadas, mas acabou sendo demolido em 2006 e desde sua reinauguração vem recebendo torneios internacionais e de seleções. 

“É uma grande satisfação completar os 80 anos do nosso grande estádio, que é considerado pela Conmebol o melhor estádio, gramado e estrutura. Tivemos aqui a Copa do Mundo Sub-17 em 2019 e sabemos da importância e é o que o nosso governador, Ronaldo Caiado, tem nos falado. Levar o legado do desporto e do paradesporto para a sociedade”, disse o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Henderson Rodrigues.

O complexo multiuso além de receber o estádio Olímpico, também é onde se encontra o Centro de Excelência do Esporte e o Ginásio Rio Vermelho. Em uma parceria com a Universidade Estadual de Goiás, foi criado em 2018 a Faculdade do Esporte, com a estratégia é utilizar todo o potencial cientifico-tecnológico já instalado no Câmpus Eseffego para a criação de uma plataforma de desenvolvimento esportivo, criando um ambiente regional para a identificação e formação de jovens atletas das mais diversas modalidades esportivas.

“É um estádio multiuso, inclusive temos uma pista de atletismo, para que tenha noção de que não é apenas um estádio, mas um complexo desportivo e paradesportivo. Levamos para a sociedade as melhores condições”, completou Henderson Rodrigues.

Nesta semana o estádio Olímpico recebeu a decisão da Copa Master. Os atletas que atuaram nas equipes de Atlético Goianiense, Goiânia, Goiás e Vila Nova nas décadas de 80, 90 e 00 disputaram o torneio que culminou no título do Esmeraldino, quando bateu o rival Tigre nos pênaltis. Neste mesmo evento, dois dias antes do aniversário do estádio Olímpico, uma prova de atletismo foi realizada durante o intervalo do jogo, com a vitória do atleta Misael Lopes, da equipe Águia.

Competições

Desde a sua reforma, o estádio Olímpico vem recebendo grandes competições nos últimos anos. Em 2021 a maior delas, sete jogos da Copa América foram realizados no setor Central de Goiânia. Entre as seleções, Argentina e Brasil que dias depois fariam a final no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, enfrentaram o Equador, os canarinhos pela fase de grupos e os hermanos nas quartas de final.

Em 2019 o estádio Olímpico foi um dos palcos da disputa da Copa do Mundo Sub-17, que sagrou a Seleção Brasileira como campeã. Naquela oportunidade o Brasil jogou duas vezes em Goiânia, ambos no Olímpico, contra Angola na fase de grupos e contra a Itália nas quartas de final. 

Além das competições envolvendo seleções, os torneios de clubes também foram realizados no estádio Olímpico. A reta final da Série B em 2016, que culminou no título do Atlético Goianiense foi disputada no Centro de Goiânia, que quatro anos depois durante a reforma do estádio Antônio Accioly, também foi o palco de duelos do rubro-negro pela Copa do Brasil e na Série A. O Goiás utilizou a estrutura para duelar contra o Sol de América, na Copa Sul-Americana de 2020;

Reforma

No mesmo dia em que a França venceu Portugal na semifinal da Copa do Mundo de 2006, realizada na Alemanha, o estádio Olímpico foi demolido em Goiânia. Após ter sido anunciado como parte do projeto do Centro de Excelência, em 1999, apenas no dia 5 de julho o local foi demolido. Com a capacidade de 15 mil pessoas, o “antigo” estádio Olímpico recebeu 2.494 partidas, com mais de 8 mil gols marcados. Os dados são do site Futebol de Goyaz.

O estádio Olímpico estava, e ainda está, diretamente ligado ao Goiânia. O Galo Carijó mandou no local o primeiro jogo oficial e também o seu último, antes da reforma. No dia 3 de setembro de 1941, o Galo Carijó bateu o América-MG por 2 a 0. No dia 20 de março de 2005, o Goiânia perdeu para a Anapolina e foi rebaixado para a segunda divisão estadual.